O ano de 2020 é marcado pelo quingentésimo aniversário da fundação da povoação de Ferragudo, instituída pela carta de privilégios da Rainha D. Leonor. “500 anos é uma longevidade assinalável, uma efeméride digna de ser comemorada com a pompa e circunstância inerentes à memória centenária do lugar”, afirma a Câmara Municipal de Lagoa.
Sob a égide do 500º aniversário, a Câmara Municipal de Lagoa e a Junta de Freguesia de Ferragudo, preparam um conjunto de iniciativas que, ao longo do ano, irão ter lugar sob o mote Ferragudo: 500 anos a Viver o Mar.
Neste momento simbólico, “no qual se recordam os factos que definem Ferragudo tal como é hoje, importa redescobrir a história de uma localidade, que é bem mais antiga, que o ato formal da criação a 21 de agosto de 1520 faz transparecer”.
“Ligada ao mar, e à circulação de pessoas e bens no Arade, principal meio de incursão no coração do barlavento algarvio, quase ininterruptamente, Ferragudo assumiu uma dicotómica propensão de póvoa piscatória e lugar de controlo da circulação fluvial”, afirma o município.
Desde a sua formação, Ferragudo levou 242 anos até obter autonomia administrativa e daí até à categoria de vila, 237 anos.
Fez parte da freguesia de Estômbar até 1749, quando foi desanexada por iniciativa do Arcebispo Bispo do Algarve D. Inácio de Santa Teresa, num processo conturbado que se arrastou até 1762 e que opôs a vontade de dois povos e duas paróquias.
Com a atribuição do alvará régio de 16 de janeiro de 1773, que dotava o notável lugar d’Alagoa do estatuto de vila e concelho, Ferragudo passa a integrar, juntamente com Estômbar e a Mexilhoeira da Carregação, o recém-criado concelho de Lagoa.
A programação das comemorações dos 500 anos de Ferragudo foi trabalhada “no sentido de abranger as mais diversas áreas, das artes ao exercício físico, da historiografia à gastronomia, do artesanato às festividades populares”, explica a autarquia.
A abertura oficial das comemorações teve lugar no passado dia 11 de janeiro.
(SP/CM)