Um bom servidor político, não deverá ser qualquer indivíduo que apareça, repentinamente, na senda da corrida aos poderes instituídos, seja eles quais forem, desde “baixo até acima”… Esta importante função deve ter protagonistas, eivados de qualidades exemplares reconhecidas em que a ética e a moral, sejam valores em destaque.
Infelizmente, nem sempre é isso que temos assistido, nesta nossa sociedade (empedernida) qualquer cidadão que se predisponha ao exercício político e ser eleito por escrutínio ou sufrágio universal, conducente à escolha para o desempenho de cargos público-políticos, deverá corresponder a um serviço de prestação pública exemplar em primeira instância para servir todos os cidadãos sem excepção.
Não deverá ser, favorável a interesses particulares em detrimento do bem colectivo ou, ainda defender, especificamente, os seus próprios grupos de apoio, “castrando” desta forma, todos aqueles que, contrariamente, não foram, ou que não queiram vir a alinhar em certas acções ou posturas, por si consideradas de hipocrisias, ou demagogias.
A liberdade democrática deu aos cidadãos o livre arbítrio, associado ao conhecimento e discernimento, acerca daquilo que será o mais desejável e saudável para a sociedade em que se vive, já em si tão massacrada no tempo, infelizmente. Contrariamente a isto, seria então um péssimo e mau exemplo, a ser dado na prestação de bem servir, os diversos representados…
É notada por vezes a falta de experiências de vida, fragilidades político-partidárias de certos protagonistas, laivos de incompetências no desempenho de determinadas funções específicas incumbidas, etc. Alguns, até nem sequer conhecem os ideais políticos que os norteiam e se envolveram.
Há princípios valorativos que, tristemente, já pouco interesse dispertam, face aos contextos a que vamos assistindo, nesta sociedade materialista e interesseira.
A escolha dos vários candidatos, parte, substancialmente, do seio dos respectivos partidos políticos, cujos mecanismos internos, são ditos por alguns militantes como sendo pouco “cuidados ou atentos”, ou até enredados de certa “superficialidade”, pois há grupos cooperativos de interesses comuns que se organizaram para um domínio interno partidário.
As escolhas para o desempenho de determinadas cargos públicos deveriam ser feitas por eleição directa ou em círculos uninominais.
Alguns candidatos apareceram sim mas “pendurados” aos partidos políticos que, antecipadamente, lhes pareceram ser os mais convenientes e melhor colocados, na conquista do poder (estudos, quiçá feitos por eles previamente). Essas foram pois as suas primeiras opções e tudo o resto foi, provavelmente, estudado pelos mesmos, ao “milímetro”.
Os cidadãos pelas suas experiências vividas em cidadania, vão reagindo às diversas situações envolventes ou seja, vão fazendo as suas próprias análises, sobre o bem “servir, ou o bem servir-se”. É assim, infelizmente, que certas situações anómalas acontecem e o resto são adereços, usados em nome de uma pseudo-democracia…
Não deverão ser encobertos determinados artifícios mas sim que se aja como cidadãos pró-activos, dizendo aquilo que deve ser dito.
Quanto aos “touros bravios”, esses devem ser enfrentados de frente, mesmo sem estoques, ou então para não serem feridos os ditos “Bechinhos”, devem ser usadas “pegas laterais de cernelha, ou serem constituídos grupos de cabos rabujadores”.
Felizmente que ainda há muito boas excepções de candidatos! No entanto, pelas reacções notadas em cidadania com base naquilo que se lê e se ouve há, também, maus prestadores, sem dúvida alguma!
O mais desejável para toda a gente, independentemente, dos vários “credos, mitos e ritos”, seria a existência de uma verdadeira verticalidade humana em nome de uma democracia mais transparente e menos imperfeita…