A EDP uniu-se à Confederação de Agricultores de Portugal (CAP) numa parceria que procura melhorar a eficiência energética do setor agrícola. A elétrica estudou o potencial e concluiu que muitos agricultores podem produzir até um terço da energia de que necessitam a partir de painéis solares.
Estiveram debaixo da lupa da EDP 2100 empresas agrícolas, e conclui-se que estas podem produzir cerca de 114 gigawatts hora (GWh) por ano em eletricidade limpa, recorrendo a 21 hectares espalhados pelo país, e que podem ocupar desde terrenos agrícolas até coberturas de edifícios e parques de estacionamento.
Feitas estas mudanças, a poupança estimada pode ir até 40% da quantia gasta com eletricidade. O período de retorno médio deste investimento é de seis anos, sendo que poderá ser menos face a um estudo mais aprofundado de cada empresa individualmente, garante a elétrica.
O próximo passo da parceria é, precisamente, fazer estudos individuais para cada agricultor. Estes poderão escolher investir nas suas próprias centrais ou podem escolher um modelo em que a gestão e a manutenção são asseguradas pela EDP Comercial, sem necessidade de investimento.
“Encontrar formas de controlar os custos com energia e aumentar a produção renovável é cada vez mais importante para o setor, já que desde o final do século passado duplicou a energia elétrica necessária para o ciclo produtivo da agricultura”, afirma a EDP, no comunicado dirigido às redações.
Os cálculos da elétrica apontam para que se possa evitar a emissão de mais de 28 toneladas de dióxido de carbono por ano na agricultura, caso o setor opte por produzir energia solar.
A empresa adianta que, tendo em conta os seus planos para a transição energética, está a fazer diagnósticos a diferentes setores económicos, com o objetivo de calcular o potencial solar de cada um.
Notícia exclusiva do parceiro do jornal Postal do Algarve: Expresso