Os Governos de Portugal e Espanha terminaram a obra de desassoreamento da barra do Guadiana, devolvendo a navegabilidade à foz do rio, que agora recuperou uma profundidade mínima de 3,5 metros.
A intervenção – avaliada em 850 mil euros – teve por base o memorando de entendimento assinado em Lisboa, em 2014, entre o Governo Português e a Junta de Andaluzia, e foi conduzida pela Consejería de Fomento y Vivienda da Andaluzia.
Para Luís Gomes, presidente da Câmara de Vila Real de Santo António, “a operação irá aumentar as valências marítimo-turísticas do território do Baixo Guadiana e amplia as potencialidades de requalificação da frente ribeirinha de Vila Real”.
Esta obra tem um carácter histórico, uma vez que concretiza um desejo ambicionado pelos algarvios há quase 30 anos e permite a navegação, em segurança, das embarcações turísticas, desportivas e pesqueiras.
A dragagem incidiu numa zona de 1250 metros de comprimento por 60 metros de largura, tendo sido retirados cerca de 63 mil metros cúbicos de sedimentos do fundo do Rio Guadiana, que foram utilizados para realimentar as praias mais próximas da foz.
Para o presidente da autarquia vila-realense, “as dragagens representam igualmente uma clara vitória da Eurocidade do Guadiana”, tendo destacado que, “pela primeira vez, se passou dos projectos a uma intervenção no terreno”.
A obra de desassoreamento da barra do Guadiana foi financiada pelo Programa Europeu de Cooperação Transfronteiriça Espanha – Portugal (POCTEP), em Portugal conduzido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve.