O distrito de Faro concentra quase metade [49%] dos 29.830 estabelecimentos de alojamento local registados no país, seguindo-se os distritos de Lisboa [23%] e do Porto [8%], de acordo com dados do Turismo de Portugal.
No Registo Nacional de Estabelecimentos de Alojamento Local (RNAL), disponibilizado no sítio do Turismo de Portugal, estavam registados, até 1 de Julho deste ano, 29.830 espaços desta tipologia de empreendimentos turísticos, em que 18.956 operam na modalidade de apartamento, 8.904 em moradias e 1.970 em estabelecimentos de hospedagem – ‘hostels’.
No primeiro semestre deste ano, foram registados 7.038 novos estabelecimentos de alojamento local, localizados maioritariamente nos distritos de Faro [2.618], Lisboa [2.239] e Porto [724], o que corresponde a um crescimento geral de 31% face aos 22.792 espaços existentes até ao final de 2015.
Segundo dados do RNAL, no distrito de Faro estão actualmente registados 14.545 empreendimentos turísticos de tipologia de alojamento local, dispersos um pouco por todos os concelhos da região algarvia, uma vez que o concelho de Faro acolhe apenas 195 destes espaços.
No distrito de Lisboa existem actualmente 6.876 espaços de alojamento local, com a maioria destes estabelecimentos situada no concelho de Lisboa [5.206], essencialmente nas freguesias do centro histórico – Santa Maria Maior, São Vicente e Misericórdia.
Região da Madeira tem 1.142 estabelecimentos de alojamento local
Já o distrito do Porto acolhe 2.278 estabelecimentos de alojamento local, localizados maioritariamente no concelho do Porto [1.832].
Além destes três distritos, a Região Autónoma da Madeira destaca-se com o registo actual de 1.142 estabelecimentos de alojamento local, cerca de 4% do total registado no país, tendo verificado a existência de 311 novos espaços durante os primeiros seis meses deste ano, de acordo com os dados do RNAL.
De acordo com o presidente da Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP), Eduardo Miranda, “muito do crescimento no alojamento local, especialmente nas praias da região do Algarve, não é um crescimento real, é sim legalização”.
No entanto, “em Lisboa e Porto, para além da legalização, apareceram novos titulares no mercado”, sublinhou.
Em declarações à Lusa, Eduardo Miranda disse que “cerca 65% do alojamento local concentra-se junto às praias”, com maior incidência na zona do Algarve.
A maioria do alojamento local pertence a “pequenos proprietários, que têm uma segunda casa e querem rentabilizá-la”, informou o representante da ALEP, associação criada há cerca de um ano e que representa actualmente cerca de 1.030 alojamentos.
Para Eduardo Miranda, os grandes operadores do alojamento local, que têm mais de 15 unidades, “representam menos de 2% dos titulares” existentes.
“Uma das grandes vantagens do alojamento local é que se houver um excesso de oferta e se tornar desinteressante, as pessoas que investiram no alojamento local podem usar a casa para arrendamento normal”, sublinhou o presidente da ALEP, acrescentando que se trata de “um modelo flexível”.
(Agência Lusa)