A responsável pelo serviço de infecciologia do Hospital Dona Estefânia foi obrigada a demitir-se depois de um processo de averiguações interno ter concluído que a médica Maria João Brito praticou bullying laboral. O relatório teve origem numa carta que denunciava os abusos.
A carta foi entregue no mês passado ao conselho de administração do hospital. Era assinada por praticamente todos os enfermeiros e assistentes operacionais que trabalham no serviço de infecciosas. Enunciava vários casos de bullying laboral e moral, praticados pela médica Maria João Brito, a responsável pelo departamento.
Os denunciantes avisavam que, se nada fosse feito, avançariam para um processo em tribunal. O conselho de administração acabou por abrir um inquérito de averiguações interno e, depois de ouvir enfermeiros, assistentes operacionais e médicos, confirmou as queixas apresentadas e identificou outras situações.
A SIC ouviu várias fontes, que não quiseram identificar-se, que garantem que nos últimos tempos houve três pediatras a abandonar o hospital por incompatibilizações com a responsável. Outra médica terá recusado a vaga quando soube que iria ser colocada no serviço de Maria João Brito.
O processo de averiguação concluiu pela aplicação de uma pena de suspensão de funções. Informada do castigo, Maria João Brito acabou por apresentar a demissão. Em declarações ao Expresso, a médica disse que foi uma decisão pessoal e apontou como motivo a forma como se gerem as pessoas no Serviço Nacional de Saúde.
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