Várias dezenas de pessoas contestaram hoje a tomada de posse administrativa de residências para demolição nas ilhas barreira da Ria Formosa, realizada esta manhã pela Sociedade Polis, sob vigilância de um contingente policial de 40 elementos.
Os técnicos da Sociedade Polis Litoral da Ria Formosa desembarcaram no areal do núcleo habitacional do Farol protegidos por um cordão policial e foram recebidos por gritos dos manifestantes, que diziam “aqui não são bem-vindos” ou “na minha casa não tocam”, avança a Agência Lusa.
Situação idêntica, mas mais intensa, aconteceu no núcleo vizinho dos Hangares, ainda que sem incidentes a registar em ambos os casos.
Inicialmente estava prevista a tomada de posse de 22 habitações, 12 no Farol e 10 nos Hangares, mas os técnicos apenas realizaram esse acto em oito casas, por terem sido aceites oito providências cautelares no Farol e seis nos Hangares.
A Polis tem a seu cargo o processo de “renaturalização” das ilhas-barreira da Ria Formosa e procedeu, desde 2014, à demolição de habitações identificadas como de segunda residência e em zona de domínio público nos diversos núcleos habitacionais.
A sociedade tinha notificado os proprietários de 22 novas edificações a 13 de Janeiro, tendo agendado para hoje a posse a administrativa das mesmas, numa operação com início marcado para as 9 horas, segundo fonte da capitania de Olhão.
Das oito residências com posse administrativa realizada hoje, quatro estão situadas na ilha do Farol e quatro no núcleo vizinho dos Hangares.