2 de Agosto
Manhã: Técnicos do laboratório de Fogos e Florestais da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro começam por alertar para o risco extremo de incêndio na região algarvia. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera alerta para temperaturas elevadas, vento forte e baixa humidade relativa no distrito de Faro.
18:30 Chamas começam a deflagrar em Monchique, na zona de Portela das Eiras. Consoante o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS), de Faro, 113 operacionais, apoiados por 37 veículos e seis aeronaves tentam combater o incêndio.
19:47 Fogo dominado.
3 de Agosto
13:32 Perna Negra, em Monchique, começa a arder. CDOS fala em incêndio “complexo”, onde “há muito vento” e com “acessos difíceis”.
14:30 Somam-se 190 operacionais, 54 meios terrestres e nove aeronaves no local, afirma a Lusa.
15:30 Luís Belo Costa, adjunto operacional nacional da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), confirma à Lusa, que “as duas frentes activas estão a ceder à acção dos meios de combate”.
18:20 Totalizam-se 378 operacionais, 117 veículos e 11 meios aéreos.
20:29 Espera-se uma noite “muito complicada”. A ANPC confessa que “vai ser uma tarefa difícil dominar o incêndio”. Somam-se 400 hectares ardidos.
Noite: Primeira localidade evacuada, Foz do Carvalhoso
4 de Agosto
Madrugada: Há um reforço dos meios: 700 operacionais com 188 veículos e seis aeronaves, avança o CDOS de Faro. É então activado o Plano Municipal de Emergência.
13:00 São já mil os hectares ardidos.
13:56 130 militares são enviados para ajudar. Segundo comunicado das Forças Armadas, totalizam-se 111 militares do Exército e 19 da Marinha.
16:30 Consoante o CDOS 724 operacionais, 193 veículos, 12 máquinas de rasto e 10 aeronaves encontram-se no local.
20:00 Agravamento do incêndio faz com que 100 habitantes sejam deslocados para locais de segurança. Vinte e nove do concelho de Monchique e os restantes de localidades do distrito de Beja. Informação segundo a Protecção Civil.
23:00 As primeiras estradas são cortadas, a EN266 e a Municipal 501.
5 de Agosto
Madrugada: Somam-se 690 operacionais, 177 veículos e uma aeronave. O CDOS afirma que “o incêndio continua a deflagrar com muita intensidade”. A Estrada Municipal 501 é reaberta.
Manhã: Presidente da Câmara de Odemira, José Alberto Guerreiro, afirma que na serra de Algares, em São Teotónio, 30 hectares arderam.
13:00 785 operacionais, 204 meios terrestres e 13 aeronaves tentam combater as chamas. Uma das frentes ameaça a vila de Monchique. 110 pessoas são retiradas de suas casas.
Tarde: 16 máquinas de rasto juntam-se às 16 já existentes no local. Portela do Vento é evacuada. Frente de Odemira começa a ceder.
Noite: Christos Stylianides, comissário europeu para a Ajuda Humanitária e Gestão de Crises fala pela primeira vez: “União Europeia está pronta para ajudar”. Protecção Civil adianta, pela primeira vez, que há a possibilidade de existirem casas queimadas. Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna, declara que tem “total confiança e solidariedade com a Protecção Civil”. Marcelo Rebelo de Sousa, à RTP3, enaltece a “resposta brutal” ao incêndio.
Totalizam-se agora 810 operacionais, 226 veículos, oito máquinas de rasto e nove aeronaves, segundo a Protecção Civil.
6 de Agosto
Madrugada: Unidade hoteleira, no lugar de Montinho, em Monchique, é evacuada. Contabilizam-se os primeiros feridos, 24, um deles em estado grave.
Manhã: Dois aviões Canadair disponibilizados por Governo espanhol.
13:30 Jorge Botelho, presidente da Comissão Distrital da Protecção Civil afirma que o incêndio “está dominado em 95% do perímetro”.
Tarde: Estrada que vai de Monchique ao Pico da Fóia é evacuada. As chamas reactivam em todo o perímetro. 1157 operacionais, 358 meios terrestres e 13 aeronaves tentam combater o fogo. Protecção Civil de Faro fala em “situação muito complexa”.
Noite: António Costa diz, no Twitter, encontrar-se em contacto permanente com Eduardo Cabrita e autarcas para actualizações do incêndio. Bombeiros perdem o controlo do incêndio e o fogo volta a ameaçar a vila de Monchique.
7 de Agosto
Madrugada: Fortes ventos dificultam o acesso dos meios no combate às chamas. Estão agora 1143 operacionais e 363 veículos no terreno. EDP corta o abastecimento de energia em algumas localidades. 250 pessoas já foram deslocadas. A Protecção Civil fala em “elevada complexidade”.
Manhã: Quercus afirma que sobretudo os eucaliptos tornam o fogo de Monchique “perigoso”. Chamas chegam aos concelhos de Silves e Portimão.
12:30 Incêndio passa a ser coordenado pelo comandante nacional da Autoridade Nacional de Protecção Civil.
8 de Agosto
Manhã: Meios reforçados: mais de 1400 bombeiros, 440 viaturas e dois meios aéreos. Número de pessoas deslocadas sobe para 181 e de feridos para 32. Totalizam-se já 21.300 hectares ardidos.
13:06 António Costa discursa e começa por agradecer ao “profissionalismo e competência da Protecção Civil”. O primeiro-ministro diz que ainda não é tempo de balanços, contudo “o sistema respondeu à altura do desafio”. Finaliza dizendo que “não vale a pena ter ilusão de que o incêndio será apagado nas próximas horas. Não é como uma vela de um bolo de anos que se apaga com um sopro, são precisos muitos dias de trabalho”.
14:16 Segundo a Lusa, o abastecimento de água fora normalizado no centro de Monchique.
14:30 Fogo em Portimão está controlado.
15:48 Chamas em Silves reacendem. A presidente da autarquia, Rosa Palma, declara à Lusa que o incêndio “está com uma força muito grande e as coisas ainda não estão controladas. O fogo passou muito perto da cidade e não é possível fazer novas previsões.
16:00 O Presidente da Câmara Municipal de Monchique, Rui André, fala com a Antena 1 e admite que duas dezenas de casas de primeira habitação podem ter sido destruídas.
17:39 GNR começa a evacuar algumas casas na zona de Pedreira, em Silves. Segue-se-lhe a aldeia de Enxerim.
21:09 Número de feridos sobe para 32.
21:28 Segundo o Major Santos do Comando da GNR de Faro, a EN 266, a EN267 e as Estradas Municipais 501 e 502 encontram-se cortadas. Várias aldeias do concelho de Silves estão a ser evacuadas.
9 de Agosto
16:40 Incêndio está hoje à tarde “mais tranquilo”, sem chamas em atividade, mantendo-se duas zonas que dão ainda “alguma preocupação”, disse à Lusa Rui André, presidente da Câmara de Monchique.