O risco de transmissibilidade (Rt) da covid-19 está com valores “muito próximos de um” em todo o país, o que indicia “apesar de tudo, uma estabilidade na progressão da pandemia”, disse esta quarta-feira a diretora-geral da Saúde
Segundo Graça Freitas, o último Rt em Portugal foi calculado em 1,09, sendo de 1,18 na região norte, de 1,14 na região Centro, 1,02 na região de Lisboa e Vale do Tejo, 0,86 no Alentejo e 1,15 na região do Algarve.
“São valores muito próximos de um, que indiciam apesar de tudo uma estabilidade na progressão da epidemia, com uma tendência ligeiramente crescente, como se pode verificar pelos números e pela curva, mas mesmo assim com valores bastante inferiores àquilo que já tivemos em meses passados e que se verificam atualmente noutros países”, afirmou Graça Freitas na conferência de imprensa regular sobre a covid-19.
Questionada sobre a redução do número de contactos em vigilância, Graça Freitas disse que “uma pessoa pode originar vários contactos, ou quase nenhuns, depende da socialização dessa pessoa”.
“Este não é um número constante nem acompanha obrigatoriamente o aumento do número de casos, porque há pessoas que de facto têm uma vida social e laboral mais ativa e contactam muitas pessoas que ficam sob vigilância e há outras que têm contactos mais limitados”, adiantou. Por isso, justificou, o aumento do número de casos não obriga necessariamente ao aumento do número de pessoas em vigilância depende muito das pessoas em análise.
Relativamente ao facto de haver no boletim epidemiológico da DGS cerca de 200 pessoas com idade desconhecida, Graça Freitas observou que são “cerca de 200 num total de 81.256 pessoas” e que “estes casos às vezes ocorrem nas notificações laboratoriais que nem sempre têm este campo preenchido”.
“O que nós tentamos fazer à posteriori, obviamente, é recuperar o máximo possível de informação que esteja não registada nos formulários que nós recebemos”, sublinhou. Questionado na conferência de imprensa sobre as brigadas de intervenção rápida nos lares, o secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes, afirmou apenas que já estão operacionais e que incluem cerca de 400 profissionais, ressalvando que “é um tema sob a tutela da Segurança Social”.
Relativamente às críticas do presidente da Associação de Medicina Geral e Familiar, Rui Nogueira, sobre utentes que telefonam para os centros de saúde para marcarem consultas ou renovarem a medicação e podem esperar horas sem conseguirem uma resposta, e de não haver funcionários suficientes nem centrais telefónicas adequadas, Diogo Serras Lopes reconheceu haver “problemas pontuais”.
“Acho que não é razoável dizer que há problemas em todos os centros, há problemas pontuais”, disse o governante, sublinhando que as autoridades continuam “a trabalhar para melhorar as várias questões”.
“Esta é uma realidade diferente, com a qual estamos todos a aprender, não parece que seja de qualquer forma uma questão generalizada, sendo certo que obviamente temos toda o interesse e toda a vontade de continuar a melhorar continuamente e dar melhores respostas aos utentes dos centros de saúde”, conclui.
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