Se já sofreu de dores de cabeça, contraturas, dores menstruais ou até mesmo uma constipação, é provável que já tenha recorrido ao ibuprofeno, um dos medicamentos mais vendidos em Portugal. A popularidade deste fármaco deve-se à sua ampla gama. Funciona como analgésico, aliviando dores, possui ação anti-inflamatória e tem ainda um efeito antipirético, ajudando a reduzir a febre. No entanto, como acontece com todos os anti-inflamatórios não esteróides (AINEs), o ibuprofeno não é isento de efeitos secundários – e estes não são poucos. Conheça os principais efeitos secundários neste artigo com o apoio da Forever Young.
Problemas estomacais: o principal alerta
Entre os principais efeitos secundários e advertências relacionadas ao uso prolongado do ibuprofeno estão os problemas gástricos. Uma explicação científica foi apresentada em 1992 pela Northeastern Louisiana University, que esclareceu que “essa família de medicamentos, os anti-inflamatórios não esteróides, libera ácido carboxílico, que, em contato com a parede do estômago, causa complicações e úlceras gástricas”.
Por isso, é comum ouvir o conselho para evitar tomar ibuprofeno com o estômago vazio, já que os alimentos podem atuar como uma barreira protetora contra este ácido.
Efeitos secundários menos conhecidos
Além dos problemas estomacais, o uso excessivo de ibuprofeno pode originar outros efeitos indesejados, como prisão de ventre, diarreia, gases, tonturas, nervosismo ou zumbidos nos ouvidos. Este último efeito foi treinado por um pesquisador da Universidade de Harvard, que acompanhou 26 mil homens durante 18 anos. Uma investigação revelou que o consumo regular de ibuprofeno (pelo menos duas doses por semana), em conjunto com outros analgésicos, pode causar uma perda auditiva de até 60% em homens com menos de 60 anos.
Riscos mais graves e raros
Embora menos frequentemente, o ibuprofeno pode causar efeitos secundários graves, como problemas de pele, incluindo a Síndrome de Stevens-Johnson – uma ocorrência bolhosa muito grave – e complicações oculares ou sanguíneas, como a redução de placas ou glóbulos brancos. Em casos extremos, pode mesmo levar a lesões hepáticas.
Evitar riscos: o conselho essencial
Para minimizar os possíveis efeitos adversos, é fundamental evitar a automedicação. O uso de ibuprofeno deve ser feito apenas sob orientação médica, garantindo que seja tomado de forma segura e adequada às necessidades de cada pessoa.
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