No briefing final do Conselho de Ministros de hoje – que foi bem mais curto do que os recentes do período de covid-19 – estiveram lado a lado o primeiro-ministro, António Costa, o ministro das Finanças cessante, Mário Centeno, e o futuro titular da pasta, João Leão.
“Aquilo que a nossa presença aqui dos três, o trabalho que desenvolvemos em conjunto ao longo destes mais de cinco anos significa é que há uma tranquila passagem de testemunho que enfatiza essa continuidade da política”, afirmou António Costa.
Questionado sobre o momento desta saída, o primeiro-ministro considerou que este “é o `timing´ certo”.
“Não só temos em execução plena o Orçamento do Estado para 2020 como temos aprovado ao nível do Governo a proposta de Orçamento Suplementar que adapta o Orçamento do Estado para 2020 a essa realidade nova que veio surpreender a nossa vida coletiva com a emergência do covid no princípio de março”, justificou.
O chefe do executivo garantiu que “não há qualquer alteração da política”, lembrando que o ministro cessante e futuro participaram ambos “na equipa inicial que elaborou o cenário macroeconómico”.
“Portugal não perde um ministro de Estado e das Finanças, Portugal muda o seu ministro de Estado e das Finanças. Sai Mário Centeno, entrará João Leão”, desdramatizou.
O Presidente da República aceitou hoje a exoneração de Mário Centeno como ministro de Estado e das Finanças, proposta pelo primeiro-ministro, e a sua substituição por João Leão, até agora secretário de Estado do Orçamento.