Três dias de chuva intensa inundaram a cidade de Díli, capital de Timor Leste, convertendo-a numa “zona de calamidade”. Contabilizam-se dezenas de mortos, tantos outros deslocados e as autoridades consideram ainda “impossível” fazer um balanço total dos estragos. Numa demonstração de solidariedade, a Cooperativa ECOS, de Faro, lançou uma campanha de angariação de fundos para apoiar as vítimas das cheias.
Joana Franco, responsável pela cooperativa, lembra que “as cheias, que inundaram o país e a sua capital Díli, deixaram milhares de pessoas sem casa, levada pela força das águas, sem comida e outros bens essenciais”.
Num exercício de solidariedade, a cooperativa farense, dedicada ao combate à exclusão social e à discriminação, lançou um crowdfunding na plataforma GoFundMe, para, através de associações locais Abut Timor, Load Loriku Adventure e Movimento Solidariedade Fo Liman ba Malu, “apoiar, com alimentos e bens de primeira necessidade, quem mais precisa”.
A ECOS, explica Joana, responsabiliza-se por “lançar e publicitar esta campanha, assumir os custos de conversão do dinheiro angariado de dólares para euros, realizar a transferência do dinheiro para Timor-Leste e divulgar regularmente informação sobre o dinheiro recolhido e atividades desenvolvidas”. Em dois dias, já angariaram mais de 4 mil euros.
Nos últimos dias, têm surgido várias campanhas organizadas por cidadãos portugueses e timorenses radicados em Portugal com o objectivo de fazer chegar apoio às vítimas através de organizações locais, que se responsabilizam pela distribuição de água, alimentos e outros bens essenciais, como roupa ou abrigo.
Ana Mónica Carvalho, responsável por uma dessas campanhas, escreve que “neste momento, para além do apoio de organizações internacionais e nacionais, grupos pequenos de voluntários locais, portugueses e de outras nacionalidades, que vivem em Timor-Leste, organizaram-se de modo a que a ajuda chegue o mais rapidamente a várias famílias.”
O seu crowdfunding, esclarece, “é direcionado para um dos pequenos grupos de voluntários, que, através de montantes mais reduzidos, conseguem gerir, comprar e entregar água e comida a pessoas em situação de carência material, bem como produtos de higiene e roupa para crianças e cidadãos seniores, e materiais para a reconstrução de casas.”
Julieta Gomez e Kerry Galhos, duas cidadãs timorenses a residir em Portugal, recorreram igualmente à plataforma de angariação de fundos para fazer chegar o seu apoio a instituições locais. Na página da sua campanha, Kerry escreve que estar longe da sua família e da população de Díli neste momento difícil a deixa com uma sensação de “impotência.” Não obstante, tem visto as pessoas “a unir-se, a ajudarem-se uns aos outros a reconstruir as suas vidas” e, na presente situação, “a maneira mais fácil de ajudarmos é doando”.
Campanhas criadas pela ECOS e outros benfeitores para apoiar as vítimas de Timor Leste:
https://pt.gf.me/v/c/krzm/abut-timor-ajuda-s-vtimas-das-inundaes
https://pt.gf.me/v/c/krzm/apoio-s-vtimas-das-inundaes-em-timor-leste
https://pt.gf.me/v/c/gfm/fundraising-for-flood-relief-in-timorleste
https://pt.gf.me/v/c/krzm/the-flooding-in-dili-capital-of-timor-leste