Não foi ontem que os famosos insetos da cama, em inglês conhecidos como “bed bugs”, chegaram a Portugal, contudo, esta espécie de inseto continua a esconder-se em muitas casas portuguesas. As borbulhas que se espalham pelo corpo de quem partilha habitação com os percevejos são a consequência mais visível da presença deste inseto, mas as grandes comichões são o principal desafio.
O turismo é uma das principais fontes de rendimento do nosso país, mas também foi ele que trouxe os percevejos para Portugal, na década de 90 do século passado. Escondidos na roupa e nas malas de viagem, os pequenos insetos de cerca de sete milímetros atravessaram os vários continentes e chegaram a Portugal. Agora escondem-se nos colchões e alimentam-se de sangue humano, pelo que provocam borbulhas e comichões.
Há alguns anos acreditava-se que a existência de percevejos em casa e nos quartos de hotel era sinal de falta de higiene, no entanto, a Visão esclarece que o aumento da presença dos insetos se deve ao turismo, mais concretamente à chegada e partida de viajantes. É por isso que as regiões de Lisboa, Porto e Algarve são as que registam a maior presença de percevejos, uma vez que são também as zonas mais procuradas do país pelos turistas.
Durante o dia, os percevejos escondem-se nos cantos do colchão ou no estrato da cama e é à noite que estes se alimentam do sangue humano. Esta é a razão para que muitos só detetem a presença deste inseto após serem alvo de várias picadas, uma vez que os percevejos costumam estar escondidos durante o dia. Há até que os apelide de “vampiros do colchão”.
Também à Visão, João Leitão, presidente da direção da Associação Nacional de Controlo de Pragas Urbanas, sublinha que “os pedidos de desinfestação aumentaram significativamente nos últimos anos”. Este é, assim, mais um sinal de que existem cada vez mais percevejos em Portugal.
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