O 36º Congresso Português de Cardiologia iniciou-se no passado sábado e decorre até amanhã, terça-feira, no Palácio de Congressos do Algarve, na Herdade dos Salgados, em Albufeira.
Durante quatro dias, centenas de especialistas de todo o mundo debatem os principais desafios na área da Cardiologia perante o actual panorama económico. Com o lema “Coração no Mundo em Mudança”, o congresso aborda as temáticas da prevenção, intervenção e inovação, com sessões sobre “Investigação e estado da Arte”, “Curriculum fundamental”, “How to” (incluindo a aplicação das Boas Práticas Clínicas à Investigação) e “Top stories in Cardiology”, com apresentações seleccionadas do que em 2014, foi considerado pelos Peritos como um “Nobel” que pode levar à mudança. Foi também delineada uma sessão dedicada à Indústria Farmacêutica e dirigida aos que querem saber o que de melhor foi “produzido” no último ano, quer na área dos fármacos, quer na dos dispositivos ou equipamentos.
Este ano, a sessão inaugural contou com a intervenção do ministro da Saúde, Paulo Macedo, que fez questão de presidir a este evento de referência na área da cardiologia que, todos os anos, promove a discussão e reflexão em torno de tema atuais.
Evento conta com a apresentação de 755 comunicações livres
O presidente da Câmara de Albufeira deu as boas vindas aos participantes e desejou o maior sucesso para o decurso dos trabalhos, tendo referido sentir-se “muito honrado por a organização ter escolhido, uma vez mais, Albufeira para a realização deste Congresso”. No seu discurso, considerou “fundamental ouvir falar sobre a experiência de diferentes áreas do conhecimento através do contributo de conceituados especialistas, não só nacionais, mas também oriundos de países como o Brasil, Angola, França, Holanda, Noruega, Suíça, Estados Unidos, Moçambique, Bélgica, Reino Unido, entre outros”. Carlos Silva e Sousa terminou a sua intervenção fazendo votos para que os congressistas tenham uma estada agradável no Algarve e convidando-os a regressar a Albufeira em trabalho ou em lazer “porque temos excelentes condições climatéricas, praias lindíssimas e de grande qualidade ambiental, uma gastronomia ímpar, magníficos hotéis, a simpatia das nossas gentes e a tradição de bem receber”.
De acordo com a SPC, a 36.ª edição do evento conta com a apresentação de 755 comunicações livres, comprovando a vitalidade da cardiologia nacional. “A actualização constante do saber em medicina cardiovascular é uma necessidade e o Congresso é o maior acontecimento nacional de educação médica continuada, nessa área. Mas, além da actualização científica, neste evento partilham-se experiências, confrontam-se e debatem-se práticas, questionam-se conceitos e estreitam-se relações com outras Sociedades Científicas, nacionais e internacionais”, destacou Dulce Brito, presidente do Congresso, para quem “Albufeira é o local que consideramos reunir as condições ideais, de ordem técnica e logística, para a realização de uma das mais importantes Reuniões Médicas Nacionais.”
O Congresso termina na tarde de terça-feira com a Conferência de Encerramento “O futuro da Cardiologia na Europa”, a cargo de Fausto Pinto, presidente da Sociedade Europeia de Cardiologia (SEC).
Trata-se de uma organização da Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC).