Estava numa das máquinas, no ginásio, e ia marcando as músicas elegíveis para a pasta “so happy”.
Algumas, passava-as de imediato para a frente, outras guardava instintivamente na pasta. Houve uma qualquer, contudo, que me fez deter-me e obrigar-me à questão que tantas vezes, quase sem reparar, me coloco: “COMO É QUE ISTO TE FAZ SENTIR, ANA?”
Aquela em particular, não me aqueceu nem arrefeceu, mas depois fiquei a ouvir outra qualquer, já sem lhe prestar atenção de tão presa que estava à reflexão:
“Olha! Perceber a cada instante o que estamos a sentir é um mega super poder!!”
(…)
Nos últimos anos tenho procurado, consciente e incansavelmente, listar os super poderes que todos possuímos (sim, super poderes e sim: sem termos a mínima noção disso!), com a intenção de, algures num futuro próximo, os compilar num romance.
E hoje, entre “arfanços” e caudalosos suores, descobri outro. Tão óbvio que assusta!
Primeiro temos “só” que descobrir o que cada coisa nos faz sentir. Depois basta “apenas” construir a vida de maneira a podermos afastar o mais possível tudo o que nos desperta maus sentimentos.
É que depois de o sabermos e nos habituarmos a pôr em prática é mesmo absurdamente simples.