Abílio Lopes, Governador do Distrito 1960 2016/2017 dos Rotários, explicou ao POSTAL que esta foi uma iniciativa efetuada em conjunto: “nós no Algarve temos uma caraterística muito específica quanto ao nosso distrito. Os clubes todos trabalham em conjunto em projetos agregadores e que são transversais a todo o Algarve”.
“Cada clube tem o seu projeto que apoia a comunidade local e depois temos, todos os anos, um projeto mais abrangente, com mais dinheiro, mais apoio a uma iniciativa comum a todos os clubes”, avançou.
Abílio Lopes recorda que, no ano passado, os Clubes Rotários do Algarve apoiaram a Associação Oncológica do Algarve com um aparelho de rastreio do cancro do pulmão.
“Este ano temos, em seguimento, também para o Hospital de Faro um robot de suporte de vida, mas, entretanto, surgiu-nos este pedido e tínhamos de dar resposta”, afirma.
Abílio Lopes conta que os Clubes Rotários receberam um pedido do Hospital de Faro, no início da pandemia: “recebemos um impulso nesse sentido e avançámos para esse apoio”.
“A ideia no início era conseguirmos comprar 100 mil luvas e também gel, mas quando fomos fazer a encomenda o gel já tinha acabado e só restavam 60 mil luvas”, revela.
Clubes Rotários do Algarve estão a desenvolver vários projectos
O responsável afirmou ao POSTAL, que os Clubes Rotários do Algarve já angariaram mais de 1.000 euros para outro projeto. “Em princípio seria para equipamento para hospitais, gel ou luvas, mas estamos com uma dificuldade terrível em arranjar fornecedores. Nós também pensámos em batas, máscaras, mas, de qualquer maneira, assim que aparecer oportunidade, já temos os valores e vamos avançar”, garante.
“A nossa atividade principal é o apoio às IPSSs e já estamos a pensar que quando isto acabar, as instituições estão de tal maneira fragilizadas, que vamos ter de fazer alguma coisa, pois vão estar com uma necessidade muito grande de apoio”, afirma.
Abílio Lopes deu ainda um exemplo da ajuda que o Rotary Clube de Tavira deu ao Centro Paroquial de Cachopo.
“Chegou-nos, há poucos dias, um apelo do Centro Paroquial do Cachopo, uma entidade que apoiamos e com quem trabalhámos várias vezes. Os idosos estão lá e não podem receber visitas e existia uma necessidade de os utentes interagirem com os familiares e não tinham computador com internet e com câmara”, conta.
“O Rotary Clube de Tavira conseguiu juntamente com os seus associados arranjar o dinheiro e eles já receberam um computador para que possam interagir com os seus familiares, o que os deixa mais aliviados, tanto de um lado, como de outro”, afirma.
Abílio Lopes é peremptório: “nós tentamos ajudar as instituições naquilo que elas precisam”.
“Todos juntos somos poucos.Pretendemos incentivar a sociedade civil e empresarial da nossa região a, nesta situação tão difícil, apoiar aqueles que lutam acima das suas forças para que ninguém fique sem cuidados médicos”, conclui.