O Cinemalua – Associação Cultural vai apresentar em novembro o Ciclo de Cinema 25 de Abril em Curtas na Aldeia, integrado no Programa Equinócios promovido pelo Município de Tavira.
Serão exibidos dois programas organizados pela Agência de curtas de Vila do Conde em seis sessões itinerantes apresentadas em cinco locais de quatro freguesias do concelho de Tavira. Em paralelo haverá uma sessão especial dupla no São Brás Cineteatro Jaime Pinto, em São Brás de Alportel. Todas as sessões serão legendadas em inglês.
“O objectivo é apelar à memória de uns e dar a conhecer a outros as conquistas da Revolução e os valores da Liberdade!”, afirma o Cinemalua em comunicado,
Este programa de curtas-metragens traça um breve panorama sobre a forma como o anterior regime, a guerra colonial e a Revolução de 25 de Abril de 1974 foram retratados pelo cinema.
Desde logo, uma constatação: “dir-se-ia que a nossa história recente não está nas prioridades dos cineastas nacionais, pois os exemplos de obras que se dedicam a recuperar temas relacionados com o colonialismo, o salazarismo ou a revolução são escassos”.
“Se é verdade que durante o período revolucionário o cinema se dedicou com afinco a captar o momento, sobretudo em obras documentais, nas décadas seguintes – onde foram produzidos a maioria dos filmes deste programa, quase todos de produção recente – o tema não é tão abundante”, acrescenta o Cinemalua.
Ainda assim, o cinema português de curta-metragem abordou de formas “muito diversas estes tópicos ao longo dos anos, e o programa aqui proposto demonstra essa mesma diversidade, quer propondo diversos aspectos e temáticas em volta do tema central da revolução, quer integrando géneros tão distintos como o cinema de animação, o cinema experimental, o documentário e a ficção”.
Estão representados o antes, o durante e o depois do 25 de Abril, desde o olhar sobre a resistência e o fascismo em fimes como a já histórica animação de Abi Feijó “Os Salteadores” ou o filme “Menina”, de Simão Cayatte, até às memórias e aos traumas da guerra colonial, em “Estilhaços”, de José Miguel Ribeiro.
Celebrando a liberdade através do cinema português, no ano em que se cumpre meio século sobre a revolução dos cravos.
Trata-se de uma iniciativa organizada pelo projeto Cinemalua, que conta com o apoio financeiro do Município de Tavira, CCDR Algarve, I.P. e Freguesias de Tavira, Santa Catarina da Fonte do Bispo, Santa Luzia e Cachopo.
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