Cinco homens detidos em Guantánamo, acusados de planearem os atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos, incluindo o autoproclamado mentor do ataque, iniciaram negociações com procuradores para um possível acordo, revelaram na terça-feira os advogados.
“Confirmo que as negociações estão em andamento”, referiu Alka Pradhan, advogada de um dos detidos.
Estes cinco homens, detidos há mais de 15 anos na base militar norte-americana de Guantánamo, ainda não foram julgados pelo tribunal militar.
Um acordo evitaria o julgamento, pelo qual enfrentam a pena de morte.
Entre os detidos está o autoproclamado mentor do ataque, Khalid Sheikh Mohammed, e ainda Ammar al-Baluchi, Walid bin Attash, Ramzi bin al-Shibh e Mustafa al-Hawsawi.
Os cinco estão acusados de terrorismo e de serem responsáveis pela morte de 2.976 pessoas na sequência dos ataques.
“Os acordos de sentença negociados são uma opção para acabar com o tribunal militar, acabar com a sua detenção por tempo indeterminado e obter justiça”, justificou a advogada.
Fontes citadas pela agência France Presse (AFP) indicam que os detidos estão dispostos a declararem-se culpados caso a pena de morte seja excluída e esteja garantida a permanência em Guantánamo (Cuba), ao invés de serem transferidos para uma penitenciária federal no continente americano.