“A SMILO, Sustainable Islands lançou um concurso internacional para propostas inovadoras de sustentabilidade em ilhas. O CIMA, em colaboração com a Associação de Moradores da Ilha da Culatra, propôs o desenvolvimento de um protótipo de dessalinização não intrusiva, ou seja, dessalinizar água do mar para produzir água doce não potável com recurso a excedentes de produção fotovoltaica”, explica Cláudia Sequeira.
Questionada sobre quais serão as mais-valias deste projeto para a Ilha da Culatra, a investigadora do CIMA e docente do Instituto Superior de Engenharia, considera que “a grande vantagem será estudar novas soluções modulares de fácil implementação, baixo custo, que não requeiram filtros, membranas, nem produtos químicos e que apresentem baixa manutenção”. Um dos objetivos deste projeto, concretiza, “será conseguir utilizar o excedente de energia produzida na ilha, e integrá-lo no novo sistema de dessalinização, o que irá permitir um aumento no rendimento na produção de água doce e a redução dos custos de transporte de água para ilha e, consequentemente, a redução da pegada de carbono”.
Já sobre os resultados esperados, Cláudia Sequeira refere que os principais impactos serão: “a diminuição do consumo de energia para transporte de água, aumento da disponibilidade hídrica na irrigação das áreas verdes da ilha, lavagem de espaços comuns, produção de gelo para o pescado e produção de sal, bem como melhorar a eficiência do uso da água”.
O projeto será implementado no Centro Social, pelo que haverá um forte envolvimento da comunidade na gestão sustentável da água, que será acompanhado por ações de compostagem, criação de hortas comunitárias, reativação do armazenamento de água da chuva em cisternas e produção de energia fotovoltaica. “Tudo que contribua para a inserção do Homem no meio ambiente de forma sustentável e equilibrada”, conclui a investigadora.
O prémio tem o valor monetário de 15000 euros. Só podem ter o apoio da SMILO pequenas ilhas, com menos de 150 quilómetros quadrados, que não estejam ligadas através de pontes, habitadas ou não, e devem estar em áreas protegidas.
Sobre a Universidade do Algarve:
A Universidade do Algarve (UAlg) tem atualmente cerca de 9 mil estudantes, 20% dos quais internacionais, oriundos de mais de 84 nacionalidades, onde se destaca o Brasil, país com maior representatividade.
Com 42 anos de existência, aparece pela quinta vez no ranking do Times Higher Education (THE) Young University Rankings 2022, que analisa o desempenho de instituições de ensino superior criadas há 50 anos ou menos, destacando-se no indicador que avalia a projeção internacional.
O Shanghai Ranking’s Global Ranking of Academic Subjects 2021 selecionou a Universidade do Algarve em seis áreas científicas: Gestão Turística e Hospitalidade (posição 76-100); Oceanografia (posição 151-200); Ecologia (posição 301-400); Ciências Agrárias, Ciências da Terra e Ciências Farmacêuticas (posições 401-500).
Em 2020 integrou pela primeira vez o Times Higher Education Impact Rankings, que avalia o desempenho e contributo das universidades para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, colocando-se na posição 201-300, entre 766 Instituições de Ensino Superior, de 85 países, que cumpriram os requisitos de inclusão.
A UAlg oferece cursos de formação inicial e pós-graduada, nas suas diversas áreas de formação: Artes, Comunicação e Património; Ciências Sociais e da Educação; Ciências e Tecnologias da Saúde; Ciências Exatas e Naturais; Economia, Gestão e Turismo; Engenharias e Tecnologias.
A sua localização privilegiada junto ao Aeroporto Internacional de Faro e o grande número de novas rotas aéreas de ligação às principais cidades portuguesas (Porto e Lisboa) e europeias, bem como as excelentes condições que a UAlg e a região têm para oferecer, fazem com que, cada vez mais, a Academia do Sul do país adquira um estatuto central e internacional.