O cancro da mama começou a ser analisado de forma diferente quando a atriz Angelina Jolie decidiu fazer uma dupla mastectomia, depois de ter descoberto que tinha o gene BRCA1 e que isso associado ao historial familiar fazia com que tivesse 87% de hipóteses de contrair cancro da mama.
Quase dez anos depois da cirurgia da atriz, há um medicamento que pode diminuir o risco de cancro da mama e manter os níveis de progesterona mais baixos, em mulheres com o mesmo gene “defeituoso”.
Um estudo descobriu que as mulheres com o gene “defeituoso” BRCA1 podem tomar o medicamento Mifepristone para diminuir a renovação das células que as colocam em risco de contrair cancro de mama triplo negativo.
A Mifepristona bloqueia os efeitos da progesterna e é usada para abortos medicamentosos.
O medicamento pode atrasar ou evitar a necessidade de uma mastectomia, mas as mulheres com os genes defeituosos (BRCA1 ou BRCA2) podem optar por remover os dois seios para reduzir o risco de cancro.
De acordo com o Serviço Nacional de Saúde inglês, as mulheres com o gene defeituoso BRCA1 têm risco de cancro da mama entre 65-79% ao longo da vida, e risco de cancro do ovário entre 36-53% antes dos 80 anos.
- Texto: SIC Notícias, televisão parceira do POSTAL