A Apple deu a conhecer esta quarta-feira quatro novos iPhones, três relógios inteligentes e novos auriculares. O evento transmitido por videoconferência para todo o mundo deu a conhecer a nova família de iPhones 14 e marcou igualmente o fim da versão mini que, curiosamente, é substituída por uma versão Plus, que tem mesma dimensão do iPhone 14 Pro Max, mas menos capacidade computacional.
Quase todos os novos iPhones 14 chegam ao mercado português a 16 de setembro, e todos podem ser encomendados a partir de 9 de setembro. No caso do iPhone 14 Plus a entrega só deverá ser feita depois de 7 de outubro. O iPhone 14 vai estar à venda com preços a partir de €1039. O iPhone Plus começa nos €1189. A versão Pro tem preços a partir de €1349, enquanto a versão Pro Max arranca nos €1499. Em qualquer dos casos, regista-se um aumento de preços que não é negligenciável e que reforça o posicionamento da Apple como marca de topo – mas que também poderá ser justificado com o facto de o euro ter passado a valer menos do que o dólar e o mundo estar a passar por uma escassez de componentes eletrónicos. No ano passado, a versão standard do iPhone 13 tinha preços a partir de 929 euros.
Todos estes iPhones correm o novo sistema operativo iOS 16.
Começa a ser difícil dar novidades que não surjam nas alegadas fugas de informação que antecipam todos os anos os lançamentos dos novos iPhones – mas isso não significa que a Apple não continua a ter o condão de surpreender. Desta vez, o espanto maior surgiu com o anúncio de que os iPhones 14 e os novos relógios inteligentes da Apple vão passar a ter uma funcionalidade que deteta e alerta autoridades quando um utilizador é envolvido num acidente de carro.
Além desta funcionalidade, os novos iPhone 14 estreiam ainda um serviço de comunicações básicas por satélite, que é ativado quando as redes convencionais estão inacessíveis.
Tirando estas duas novidades, tudo o resto tanto pode ser apresentado como uma evolução na continuidade ou como um lançamento dominado por produtos a meio caminho de algo especialmente revolucionário que a Apple e as outras marcas concorrentes ainda terão de criar para os telemóveis. A prova disso mesmo pode ser encontrada na versão “standard” do iPhone 14 e também no estreante iPhone 14 Plus, que mantém o processador A15 Bionic que vem do passado. Outro indício produzido pela evolução na continuidade: os iPhones 14 vão estrear cartões SIM virtuais (eSIM; cartões que se ligam às redes móveis), que prometem maior flexibilidade na escolha de tarifários e operadores.
Tanto iPhone 14 como iPhone 14 Plus têm um par de câmaras traseiras com sensor principal de 12 megapíxeis (MP) e melhorias na abertura do sensor e no estabilizador que aperfeiçoam a captação de imagens em movimento. A introdução de um denominado motor fotónico também promete melhorar a captação de fotos de reduzida iluminação. Enquanto a versão standard tem ecrã de 15,5 centímetros (6,1 polegadas) , a versão Plus do iPhone 14 tem um ecrã de 17 centímetros (6,7 polegadas). Tanto um coimo outro modelo usar ecrã OLED protegidos pelo denominado Ceramic Shield.
Nos iPhones 14 Pro e iPhones 14 Pro Max, há a estreia do novo processador A16 Bionic com 16 mil milhões de transístores, e ainda a inclusão de um trio de câmaras traseiras com sensor principal de 48 MP. Além de melhorias no modo cinemático, as câmaras traseiras das versões Pro estão habilitadas a filmar com resoluções de 4K a 30 diagramas por segundo. O Pro tem um ecrã de 15,5 centímetros (6,1 polegadas) e o Pro Max tem ecrã de 17 centímetros (6,7 polegadas).
De notar ainda que a Apple, como sempre, disponibilizou alguns mimos em termos de usabilidade para os consumidores mais intensivos que as versões Pro: o ecrã passou a ter um modo de “operacionalidade em permanência” (ou always-on em inglês) que permite ter acesso facilitado e resumido a diferentes notificações. Mais curiosa é a ferramenta de Dynamic Island (tradução para português: “ilha dinâmica”), que permite ter acesso a notificações, mensagens e até aplicações e serviços que correm em plano de fundo – e que poderá funcionar como resposta às marcas e equipamentos que já começaram a lançar telemóveis de maior dimensão que permitem dividir ecrãs numa lógica de multitarefa.
Entre os lançamentos mais arrojados do dia destaca-se o relógio inteligente Watch Ultra, que tem uma estrutura de titânio, ecrã ligeiramente maior que as verões standard e um botão de ação, que pode assumir qualquer funcionalidade à escolha do consumidor.
A Apple não esconde que o novo relógio inteligente pretende chegar ao segmento de aventura e desporto, que muitas outras marcas já começaram a explorar, e não olhou a esforços para tentar fazer a diferença através do design das pulseiras ou da resistência a mergulhos de 40 metros de profundidade.
Os novos Watch Ultra garantem à partida 36 horas de autonomia, mas tudo leva a crer que essa capacidade pode ser quase duplicada com atualizações de sistema operativo que deverão ser anunciadas em breve.
Ainda nos relógios inteligentes, a Apple renovou a oferta com Watch Series 8, que também vai ter ecrã Always-On, está apto a mergulhos e resiste a poeiras, além de garantir 18 horas de autonomia, que passam para 36 no modo de consumo reduzido, que desativa algumas das funcionalidades.
Entre as novidades, destaque para a estreia de monitorização dos ciclos menstruais e as melhorias nos sensores que asseguram a monitorização cardíaca, análise de sono, taxa de oxigénio do sono e deteções de quedas.
Para quem procura uma versão de entrada, a Apple reservou o Watch SE, que tem como atrativos um preço mais maneirinho e 30% de rapidez acrescida face ao antecessor.
Por fim, o lançamento que promete tapar os ouvidos de cada consumidor: uns novos auriculares Airpods, que passaram a ter altifalantes que emitem alertas e também uma localização mais refinada. Os novos auriculares estreiam os novos chips H2, garantem novidades no que toca ao áudio espacial e melhorias no cancelamento de ruído. Têm duas horas de autonomia energética.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL