A China disse esta sexta-feira estar “seriamente preocupada com a segurança” das instalações nucleares na Ucrânia, após um incêndio numa central nuclear ucraniana, a maior da Europa, provocado por fogo de artilharia russa.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin, afirmou que a China vai continuar a acompanhar os desenvolvimentos na central de Zaporizhzhia, apelando a “todas as partes envolvidas que mantenham a calma e a contenção, evitem uma maior escalada da situação e garantam a segurança das instalações em causa”.
“A China atribui grande importância à segurança nuclear e está seriamente preocupada com a segurança e proteção das instalações nucleares na Ucrânia”, disse Wang em conferência de imprensa.
Os comentários do porta-voz marcaram um raro sinal chinês de desconforto com a guerra na Ucrânia, segundo apontam as agências internacionais.
Pequim tem mantido uma posição ambígua em relação à invasão russa da Ucrânia.
Por um lado, defendeu que a soberania e a integridade territorial de todas as nações devem ser respeitadas, mas ao mesmo tempo opôs-se às sanções impostas contra a Rússia e apontou a expansão da NATO para o leste da Europa como a raiz do problema.