Luís Rodrigues, CEO da TAP, esclareceu que a companhia aérea não tem planos para investir no Algarve devido às atuais condições operacionais e ao plano de reestruturação em vigor até 2025. Num encontro com jornalistas, como nos conta o Dinheiro Vivo, Rodrigues destacou que a estratégia atual continua a centrar-se em Lisboa, salientando que a análise de realocação de aviões para outras regiões será considerada apenas se for justificada.
“Se em qualquer momento se justificar que faz sentido tirar [aviões] de Lisboa e do Porto e colocar no Algarve, essa análise será feita. Neste momento, com as condições que temos, investir em qualquer sítio significa desinvestir noutro e não me parece que haja condições para pensar nisso. Temos de estabilizar a nossa operação, consolidar o que estamos a fazer bem e depois a partir daí logo se vê”, explicou Rodrigues.
Relativamente aos planos de privatização da TAP em 2024, o CEO expressou reservas, afirmando que “não será fácil”. Rodrigues reconheceu que o calendário para fechar a privatização em 2024 é desafiador, considerando os meses limitados após a formação de um novo governo em abril/maio e o intenso período de verão.
O CEO também comentou a resolução do Conselho de Ministros que exige à ANA Aeroportos a realização de obras na Portela, indicando que a TAP está a colaborar com a gestora dos aeroportos e o governo para garantir a eficiência e qualidade adequadas ao Aeroporto de Lisboa.
Quanto ao desempenho financeiro, Rodrigues prevê um aumento nas receitas entre 3% e 4% este ano, destacando a perspetiva de resultados positivos em 2023. No entanto, destaca a necessidade de cumprir um plano de reestruturação até 2025, limitando a aquisição de novas aeronaves e a abertura de novas rotas da TAP, inclusive desde o Algarve.
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