O Castelo de Silves vai encerrar no sábado às 16:30, sendo a última entrada às 16:00, para reabrir, como habitualmente, no domingo às 09:00, informou a autarquia deste concelho algarvio.
Segundo fonte deste monumento contactada pela agência Lusa, o encerramento antes da hora habitual (19:30) deve-se à realização de um evento privado.
Apesar de o Castelo de Silves ser visitado principalmente por turistas, a autarquia pede “desculpa pelo incómodo e agradece a compreensão dos munícipes”.
Junto à entrada principal do castelo poderá encontrar uma escultura em bronze representativa do rei D. Sancho I, monarca que em 1189 conquistou pela primeira vez, com o auxílio dos Cruzados, a cidade de Silves aos árabes.
O acesso a esta alcáçova faz-se através de uma porta dupla com átrio, ladeada por duas das onze torres que ligam um caminho da ronda com a extensão de 388 metros lineares, constituindo esta formação um importante sistema defensivo.
Na zona norte da muralha, encontramos um acesso secundário, designado como Porta da Traição, pequeno postigo que permitia franquear a muralha, com discrição e autonomia da alcáçova em relação à Medina.
No interior do Castelo encontram-se vários elementos dignos de registo, dos quais se destaca o Aljibe – grande cisterna de planta retangular que abastecia de água parte significativa da cidade. Com 20m de comprimento e 16m de largura o seu teto está sete metros acima e é fechado por quatro abóbadas de canhão, colocadas lado a lado para facilitar o arejamento da água, suportadas por seis colunas centrais e outras seis adoçadas às paredes.
Outro elemento que poderá encontrar é a Cisterna dos Cães, um imenso poço com mais de 40 metros de profundidade do qual foram retirados, em trabalhos arqueológicos efetuados, diversos fragmentos de cerâmicas medievais, nomeadamente alcatruzes do período de ocupação islâmica.
Próximo deste poço existiam silos onde, aproveitando a frescura do subsolo, se guardavam cereais recolhidos dos muitos tributos que os poderes, muçulmanos ou cristãos, lançavam sobre os esforçados produtores. Assim se guardavam durante anos prolongando a resistência e autonomia desta fortaleza militar.
Leia também: Recolha de resíduos alimentares na restauração implementada em Alcantarilha e Pêra