Com o objectivo de explicar à população o procedimento de activação do socorro (através do 112) e como funciona a coordenação entre várias entidades, nas evacuações médicas das ilhas barreiras, a Capitania do Porto de Olhão promoveu este sábado, dia 2 de Setembro, um simulacro de evacuação das ilhas Barreiras.
O espaço de jurisdição da Capitania do Porto de Olhão apresenta uma característica muito específica, nomeadamente, a existência de ilhas-barreira (Armona e Culatra) com cinco núcleos habitacionais/praias (Fuseta, Armona, Culatra, Hangares e Farol). É ainda nessas ilhas que se localiza a maior percentagem de praias do concelho de Olhão.
Os núcleos da Armona e os da Ilha da Culatra são habitados durante todo o ano, ao contrário do núcleo da Fuseta.
Ao longo de todo o ano, a Estação Salva-vidas de Olhão articula-se com o INEM, para efectuar a evacuação de doentes e feridos das Ilhas Barreiras.
Durante o Verão, o número de evacuações cresce exponencialmente, consequência do aumento sazonal de visitantes nas ilhas (banhistas e turistas).
São assim, cerca de 1200 pessoas no Inverno e, aproximadamente, 9000 durante a época balnear.
Durante as evacuações, a chegada ao local demora em média 40 minutos. Mas pode demorar 1 hora, em função de factores diversos, nomeadamente, o local da evacuação e as condições meteo-oceanográficas.
Em termos estatísticos, são efectuadas mais de 180 evacuações por ano, das quais 50% ocorrem durante a época balnear. Com o aumento do afluxo de banhistas, visitantes e turistas às ilhas, verifica-se ainda que este ano, em relação ao período homólogo do ano transacto, as evacuações aumentaram mais 20%.