A gratuitidade das vacinas contra o vírus da gripe aplica-se às pessoas com mais de 65 anos que podem vacinar-se nos centros de saúde sem necessidade de receita ou guia de tratamento e sem pagar taxa moderadora.
Estão ainda abrangidas por vacinação gratuita as pessoas que integrem grupos de risco como doentes crónicos e imunodeprimidos (a partir dos seis meses de idade), grávidas, profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados, por exemplo, em lares de idosos.
A vacina
A vacina da gripe apesar de não ser 100% eficaz reduz em muito a possibilidade da pessoa vacinada contrair a doença, participando também na moderação dos efeitos da gripe caso se verifique a infecção apesar de se estar vacinado.
A vacina não provoca em nenhum caso gripe, uma vez que, os vírus incluídos na vacina não estão vivos.
A vacinação contra a gripe não impede que as pessoas vacinadas possam ter outras infecções respiratórias, nomeadamente constipações, durante a época típica da gripe.
Não devem tendencialmente ser vacinadas contra a gripe as pessoas que tenham alergia grave aos ovos e aquelas que tenham tido anteriormente alergia grave a uma vacina da gripe. Em caso de dúvida deve sempre obter-se aconselhamento médico nestes casos.
A situação gripal actual no país e na Europa
De acordo com o sistema europeu de vigilância da gripe referente à 38ª semana de 2015 (14 a 20 de Setembro), Portugal tinha naquele intervalo de datas uma actividade gripal baixa. No relatório semanal deste sistema de vigilância epidemiológico nenhum país europeu tem para já identificada uma estirpe dominante do vírus gripal.
Em Portugal e desde 1990, a Rede Médicos-Sentinela disseminada pelo país realiza a vigilância epidemiológica, semanal, do síndroma gripal, cujos dados são centralizados no Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge e depois remetidos para o sistema da rede europeia de vigilância da gripe.
Afinal o que é a gripe
A gripe é uma doença causada por vírus transmitidos através de partículas de saliva de uma pessoa infectada, expelidas sobretudo através da tosse e dos espirros, mas também por contacto directo, por exemplo, através das mãos
A incubação do vírus varia entre quatro a cinco dias, mas os sintomas de infecção aparecem geralmente entre o segundo e o terceiro dia após a infecção. Já a transmissão pode ocorrer a partir da pessoa infectada dois dias antes do aparecimento dos sintomas e pelo menos até sete dias depois do aparecimento da sintomatologia.
A gripe não se cura com antibióticos, nem a toma destes medicamentos acelera o processo de cura. A cura faz-se, regra geral, com medicamentos para reduzir os sintomas como a febre (paracetamol por exemplo) e com descanso. Ingira muitos líquidos de forma a evitar a desidratação e evite expor-se aos elementos naturais como o vento ou o frio.
Diferença entre gripe e constipação
A gripe e a constipação são doenças diferentes causadas por agentes patogénicos de tipologia diferente.
Ao contrário da gripe, os sintomas da constipação são limitados às vias respiratórias superiores e incluem nariz entupido, espirros, olhos húmidos, irritação da garganta e dor de cabeça. Raramente ocorre febre alta ou dores no corpo. Os sintomas e sinais da constipação surgem de forma gradual.
As formas mais eficientes de reduzir o contágio pela gripe consistem no não contacto com pessoas infectadas ou destas com pessoas saudáveis e a lavagem frequente das mãos. Evitar espirrar ou tossir sem colocar o antebraço ou um lenço que proteja a disseminação dos vírus é outro dos meios de prevenção, não use as mãos para evitar a disseminação do vírus e caso o faça deve lavar as mãos imediatamente a seguir.