O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, afirmou hoje que tem sintomas da covid-19, como febre, tendo-se submetido a um novo exame para eventual deteção da doença e cancelado compromissos devido às suspeitas de infeção.
A informação foi avançada pelo próprio chefe de Estado em declarações a apoiantes, em Brasília, capital do país, tendo acrescentado que efetuou ainda uma radiografia ao pulmão, mas que “está tudo bem”.
Bolsonaro apresentou febre de 38ºC, tendo sido atendido no Hospital das Forças Armadas, em Brasília, onde fez o teste à covid-19 e o exame ao pulmão, segundo a imprensa local.
Esta não é a primeira vez que o Presidente brasileiro faz teste à covid-19: aliás, os resultados dos três exames foram entregues ao Supremo Tribunal Federal e, consequentemente, tornados públicos devido um processo movido pelo jornal brasileiro “Folha de S. Paulo”.
Bolsonaro usou os pseudónimos “Airton Guedes” e “Rafael Augusto Alves da Costa Ferraz”, argumentando que o fez por questões de segurança, preservação da imagem e privacidade. Porém, assegurou a sua identificação ao apresentar dados pessoais, como o número do seu bilhete de identidade e o equivalente em Portugal ao número de contribuinte.
“Disse ao médico: ‘coloque um nome de fantasia porque (…) alguém pode fazer alguma coisa esquisita’. Em todo o exame que eu faço tem um código”, afirmou na altura à imprensa.
Jair Bolsonaro tem 65 anos e já se referiu à covid-19 como uma “gripezinha”. Ainda esta segunda-feira alterou a legislação que prevê o uso de máscara. Até agora não era obrigatório usá-la em espaços como lojas, indústrias, templos religiosos e locais fechados, agora Bolsonaro ampliou o veto e também já não é obrigatório usar máscara nas prisões. A alteração à lei põe ainda fim à obrigatoriedade de se colocar uma sinalização sobre o uso de máscaras em estabelecimentos que atendem o público.
O Brasil totaliza hoje 65.487 vítimas mortais e 1.623.284 casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus, informou hoje o Governo brasileiro.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 535 mil mortos e infetou mais de 11,52 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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