A presidente dos Bancos Alimentares apelou hoje aos portugueses para serem “ainda mais generosos”, na próxima campanha de recolha de alimentos, devido às dificuldades que as instituições enfrentam com a suspensão da habitual ajuda comunitária.
Segundo a Agência Lusa, as instituições de solidariedade social beneficiavam da ajuda alimentar do Fundo Europeu de Auxílio às Pessoas Mais Carenciadas, que apoiou mais de 400 mil portugueses em 2015, que não foi distribuída este ano.
“As instituições não tiveram acesso a nenhum produto e estávamos a falar de muitas toneladas” de alimentos que, em conjunto com os produtos distribuídos pelo Banco Alimentar, permitiam às instituições ajudar as famílias carenciadas, disse a presidente da Federação Europeia dos Bancos Alimentares Contra a Fome, Isabel Jonet.
Hoje em dia, as instituições apenas recebem os alimentos do Banco Alimentar e muitas delas organizam recolhas de alimentos para atenuar essa falta, adiantou Isabel Jonet.
Por esta razão, “deixo um apelo a todas as pessoas para que sejam ainda mais generosas”, na campanha de recolha de alimentos que decorre no próximo fim-de-semana, “porque este é um ano em que o contributo de cada um faz muita falta”.
Actualmente, os 21 bancos alimentares apoiam 2.700 instituições, que ajudam 426 mil pessoas, através da doação diária de cabazes de alimentos e de refeições confeccionadas em lares, centros de dia, em creches e para apoiar sem-abrigo.
Este ano, o Banco Alimentar Contra a Fome celebra 25 anos e realiza a 50.ª campanha, uma data que a instituição quer assinalar, esperando ter “mais voluntários na rua que possam sensibilizar quem vai às compras de Natal para o facto de que ainda há pessoas que precisam de ajuda para ter a comida de que precisam na sua mesa”, salientou.