O valor mediano de avaliação bancária na habitação subiu 12 euros, para 1.156 euros por metro quadrado (euros/m2), em dezembro face a novembro passados, fixando-se nos 1.129 euros/m2 em 2020, segundo o INE.
De acordo com o Inquérito à Avaliação Bancária na Habitação divulgado hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), os 1.129 euros/m2 registados no conjunto do ano passado representam um acréscimo de 7,7% relativamente a 2019.
Considerando apenas o mês de dezembro de 2020, o valor mediano de avaliação bancária (realizada no âmbito de pedidos de crédito para a aquisição de habitação) fixou-se em 1.156 euros/m2, tendo aumentado 1,0% face a novembro (1.144 euros/m2).
Já em termos homólogos, a taxa de variação situou-se em 6,0%, após ter sido de 6,3% em novembro.
O INE destaca ainda que o número de avaliações bancárias consideradas ascendeu a cerca de 26 mil, mais 4,4% do que no mesmo período do ano passado.
O maior aumento face ao mês anterior registou-se na Área Metropolitana de Lisboa (1,2%), enquanto a redução mais acentuada foi observada no Algarve (-1,9%).
Em comparação com o mesmo período do ano anterior, o valor mediano das avaliações cresceu 6,0%, registando-se a variação mais intensa no Norte (6,4%) e a menor no Alentejo (1,0%).
No mês em análise, o valor mediano de avaliação bancária de apartamentos foi 1.266 euros/m2, um aumento de 7,0% face a dezembro de 2019, com o valor mais elevado observado no Algarve (1.525 euros/m2) e o mais baixo no Alentejo (864 euros/m2).
O Norte apresentou o crescimento mais expressivo (9,0%) e o Alentejo o menor (2,1%).
Comparativamente ao mês anterior, o valor de avaliação subiu 1,1%, tendo o Norte e a Área Metropolitana de Lisboa apresentado a maior subida (1,4% ambos) e a Região Autónoma dos Açores a descida mais acentuada (-1,7%).
O valor mediano da avaliação para apartamentos T2 subiu 14 euros, para 1.283 euros/m2, tendo os T3 subido 18 euros, para 1.154 euros/m2.
No seu conjunto, estas tipologias representaram 80,1% das avaliações de apartamentos realizadas em dezembro.
Relativamente a moradias, o valor mediano da avaliação bancária foi de 957 euros/m2 em dezembro, o que representa uma subida de 3,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Os valores mais elevados observaram-se na Área Metropolitana de Lisboa (AML, 1.563 euros/m2) e no Algarve (1.545 euros/m2), tendo o Centro registado o valor mais baixo (800 euros/m2).
A AML apresentou o maior crescimento (9,1%), sendo que a única descida ocorreu no Alentejo (-0,1%).
Relativamente ao mês anterior, o Norte apresentou o maior aumento (1,2%) tendo-se verificado a descida mais acentuada no Algarve (-3,1%).
Comparando com novembro, os valores das moradias T2, T3 e T4, tipologias responsáveis por 89,1% das avaliações, atingiram os 920 euros/m2 (mais 19 euros), 941 euros/m2 (mais 22 euros) e 1.009 euros/m2 (mais 13 euros).
De acordo com o Índice do valor mediano de avaliação bancária, em dezembro, a AML, o Algarve e o Alentejo Litoral apresentaram valores de avaliação superiores à mediana do país (33%, 32% e 2%, respetivamente), enquanto a região do Alto Alentejo foi a que apresentou o valor mais baixo em relação à mediana do país (-42%).
Considerando todo o ano 2020, em que o valor mediano de avaliação se fixou em 1.129 euros/m2, observou-se um crescimento do valor de avaliação em todas as regiões NUTS II, tendo a Área Metropolitana de Lisboa e o Norte apresentado as variações mais intensas (8,5% e 8,4%, respetivamente) e o Alentejo o menor aumento (1,7%).
Por natureza de alojamentos, no ano passado, o valor mediano de avaliação bancária aumentou 8,8% nos apartamentos e 5,6% nas moradias, para valores médios de avaliação de 1.235 euros/m2 e de 949 euros/m2 (1.135 euros/m2 e 899 euros/m2, em 2019, pela mesma ordem).