A Autoridade Marítima do Sul, em Faro, alertou os banhistas para a importância de utilizarem praias vigiadas como forma de garantir o rápido socorro e conhecerem se existem condicionantes que possam colocar vidas em risco.
“Consideramos essencial que as pessoas privilegiem cada vez mais as praias vigiadas”, sublinhou à Lusa o chefe do Departamento Marítimo do Sul, Paulo Isabel.
Aquele responsável vincou que os alertas são dados antes e durante a época balnear e que o afogamento, de um jovem de 16 anos, ocorrido na passada sexta-feira, na praia dos Três Pauzinhos, em Vila Real de Santo António, relembra a importância destes cuidados.
“Não é por causa do acidente que ocorreu na sexta-feira, mas este acidente relembra-nos a razão destes alertas”, afirmou, acrescentando que “as praias não vigiadas acarretam perigos que a maior parte das pessoas desconhece” e que podem dar origem a acidentes fatais.
Causas do acidente estão a ser investigadas
A morte por afogamento do jovem ocorreu na única praia da área da capitania de Vila Real de Santo António cuja concessão não abriu no início da época balnear, a 1 de Junho, não estando ainda vigiada.
Paulo Isabel explicou que os concessionários são obrigados por lei a colocar informação de praia não vigiada quando estão encerrados e que as autoridades não encontraram qualquer placa informativa no local.
As causas do acidente estão a ser investigadas, mas Paulo Isabel disse ser cedo para apresentar conclusões, até porque, algumas vezes, as placas colocadas nos locais são furtadas.
Das 240 concessões existentes em praias algarvias este ano, dez ainda não estão abertas, mantendo-se as respectivas praias sem vigilância, esclareceu Paulo Isabel adiantando que as 230 concessões já em funcionamento têm vindo a ser fiscalizadas e que, desde 1 de Junho, a Polícia Marítima já levantou mais de 20 autos devido a irregularidades.
“Os nadadores-salvadores não servem apenas para salvar as pessoas, também têm o trabalho preventivo de alertar as pessoas para os perigos que existem nas praias”, observou aquele responsável, apelando ao usufruto responsável das praias.
(Agência Lusa)