É a nova febre em Portugal. Depois de ter já conquistado mais de 3 milhões de utilizadores em 35 países, a “febre” da Worldcoin chegou a território luso. Todos os dias, cerca de 4 mil pessoas aceitam scanear a sua íris em troca de criptomoedas.
A notícia, que está a ser avançada pelo jornal Expresso, dá conta de que, no total, já mais de 300 mil pessoas passaram pela banca da Worldcoin na Gare do Oriente, em Lisboa, para “fotografar” a íris e, em troca, receber um valor monetário em dinheiro digital.
É algo muito rápido e que vale um bom dinheiro. Parece tentador, mas será legal? A Comissão Nacional de Proteção de Dados já está a averiguar esta atividade levada a cabo pela Worldcoin, uma empresa do criador do chat GTP e esperamos notícias em breve.
Até lá, muito provavelmente as filas para scanear a íris vão continuar a crescer todos os dias. E, apesar de esta atividade não ter um público-alvo, a verdade é que há determinadas pessoas mais suscetíveis a fazê-lo.
De acordo com o Expresso, estas filas diárias contam, sobretudo, com jovens e pessoas carenciadas, que se veem tentadas a receber dinheiro de forma fácil, mesmo sem saber o que vão exatamente fazer, como revelou uma das pessoas ao jornal: “Não faço ideia, mas uns amigos disseram-me que se instalasse uma aplicação e viesse aqui podia receber muitas moedas”.
Como funciona e porque querem as nossas íris?
Esta digitalização da parte mais visível dos nossos olhos é feita através de uma tecnologia chamada Orb. Essa tecnologia converte a imagem num código numérico cifrado, chamado de WorldID, que, de acordo com a empresa, funciona como um passaporte digital.
O código será, posteriormente, comparado com outros códigos de íris com o objetivo de verificar a individualidade do indivíduo, ou seja, de acordo com a Worldcoin, o objetivo de todo este processo é apenas garantir que cada utilizador é único, portanto não tem contas duplicadas e…é um humano.
A empresa garante ainda que as imagens recolhidas ficam guardadas na RAM e não na hard drive, sendo apagada mais tarde, e que os dados recolhidos nunca serão vendidos.
Um novo “passaporte digital”
Tal como a impressão digital, a íris é também um meio identificativo de uma pessoa. Mas são um pouco diferentes, pois cada um tem as suas vantagens e desvantagens, como explica a Pplware.
Apesar de a obtenção de imagens de alta qualidade da íris serem mais complicadas em determinadas situações, ela é altamente identificativa dada a sua estrutura única para cada pessoa e visto que dificilmente mudará ao longo dos anos.
Já a impressão digital pode ser menos distinta e ser mais facilmente comprometida devido a danos na pele, mas é também um excelente meio de identificação de um ser humano.
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