O boletim covid-19 da Direção-Geral da Saúde dá conta, esta sexta-feira, de mais 21 mortes, 2535 infetados e 3713 recuperados em Portugal, nas últimas 24 horas. Há hoje 56.439 caos ativos, menos 1199 do que na quinta-feira.
Os internamentos desceram ligeiramente: há hoje menos 14 doentes com covid-19 nos hospitais, um total de 902, e 129 em unidades de cuidados intensivos (mais um face à véspera). Já o número de mortes (21) em Portugal quase duplicou – ontem foram 13 as vítimas mortais. Desde 18 de março que não havia tantos óbitos por covid-19 em 24 horas (nesse dia também morreram 21 pessoas).
Os casos desta sexta-feira (2535) foram muito idênticos aos diagnosticados na véspera (2898) e ficaram, por isso, bastante abaixo dos verificados na passada quarta-feira, dia em que foram reportadas 4670 novas infeções (seria preciso recuar a fevereiro deste ano para encontrar um número de casos diários tão elevado).
A matriz de risco, atualizada esta sexta-feira, dá conta de nova descida do R(t), ou índice de transmissibilidade, para 1,13 na globalidade do território nacional e 1,14 no continente. Já a incidência, voltou a subir para os 374 casos por 100 mil habitantes no território nacional e 376,5 no continente, distanciando-se cada vez mais do limite de risco elevado (240 casos por 100 mil habitantes). Na anterior análise, o R(t) era de 1,15 na globalidade do território nacional e 1,16 no continente e a incidência de 349,8 casos por 100 mil habitantes no território nacional e 351,4 no continente.
Os números totais da pandemia, contabilizados desde o primeiro caso diagnosticado em Portugal, em março de 2020, são os seguintes: 1.157.352 infetados, 1.082.421 recuperados e 18.492 óbitos. Esta sexta-feira há ainda 72.030 contactos em vigilância (mais 2420 do que ontem).
MAIOR PARTE DE NOVOS CASOS NO NORTE
A maior parte dos novos casos foi diagnosticada na região Norte (841 casos), seguindo-se Lisboa e a Vale do Tejo (820) e zona Centro (528).Das 21 mortes, cinco ocorreram na região de Lisboa e Vale do Tejo, cinco no Centro, quatro no Algarve, três no Norte, uma no Alentejo e três na Madeira.
A região de Lisboa e Vale do Tejo registou desde o início da crise pandémica 443.516 casos e 7.843 mortes. Na região Norte, registaram-se 434.893 infeções e 5.653 óbitos desde o início da pandemia. A região Centro tem agora um total acumulado de 161.932 infeções e 3.262 mortes.
O Algarve notificou mais 168 casos, acumulando 49.231 contágios e 517 óbitos, e há mais 62 novos casos no Alentejo, que soma 42.691 contágios e 1.065 mortos com covid-19 desde março de 2020.
A Região Autónoma da Madeira contabilizou, nas últimas 24 horas, segundo a DGS, 101 novos casos, somando 14.922 infeções e 103 mortes, e os Açores 15 novos casos, totalizando 10.167 contágios e 49 mortes.
As autoridades regionais dos Açores e da Madeira divulgam diariamente os seus dados, que podem não coincidir com a informação divulgada no boletim da DGS.
Por idades, três das pessoas que morreram com covid-19 tinham entre 50 e 59 anos, outras três entre 70 e 79 anos e 15 tinham mais de 80 anos. O maior número de óbitos continua a concentrar-se entre os idosos com mais de 80 anos (12.046), seguindo-se as faixas etárias entre os 70 e os 79 anos (3.975) e entre os 60 e os 69 anos (1.686).
Há agora 56.439 casos ativos de covid-19 (menos 1.199 do que na quinta-feira) e recuperaram da doença 3.713 pessoas, o que aumenta o total nacional de pessoas recuperadas para 1.082.421.
Dos novos casos, 428 foram diagnosticados em pessoas entre os 40 e 49 anos, 387 no grupo entre 30 e 39 anos, 362 entre os 50 e 59 anos, 345 entre os 20 e 29 anos, 282 entre os 60 e 69 anos, 258 entre os zero e os nove anos, 243 entre os 10 e 19 anos, 183 entre os 70 e 79 anos e 74 nos idosos com mais de 80 anos.
O surto em Portugal, em gráficos e mapas
Casos ativos
Total de casos confirmados
Total de mortes
Evolução de mortes
Mortos por dia
Evolução de casos
Novos casos por dia
Gráficos e mapas do Expresso, jornal parceiro do POSTAL
VACINAÇÃO DOS 5 AOS 11 ANOS: PEDIATRAS CONSELHEIROS DA DGS ACONSELHAM PRIORIDADE PARA CRIANÇAS DE RISCO
O grupo de pediatras conselheiros da Direção-Geral da Saúde (DGS) não recomenda a vacinação universal das crianças dos 5 aos 11 anos, mas quer que seja dada prioridade à vacinação de crianças com doenças de risco.
Os especialistas recomendam ainda que a Comissão Técnica de Vacinação tenha em conta impactos educacionais e sociais, antes de avançar ou não para a vacinação de crianças dos 5 aos 1. Por isso, pedem que outros peritos da área educacional e social façam também pareceres sobre o assunto.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) recebeu, esta quinta-feira, o parecer do grupo de especialistas em pediatria e saúde infantil, mas ainda está a decorrer o processo de avaliação da vacinação contra a covid-19 as crianças dos 5 aos 11 anos.
“A Comissão Técnica de Vacinação contra a COVID-19 (CTVC) encontra-se a analisar as considerações remetidas ontem [quinta-feira], durante a tarde, pelo grupo de especialistas em pediatria e saúde infantil, bem como outros documentos relevantes para a elaboração das recomendações, nomeadamente o documento técnico do ECDC sobre esta matéria que foi publicado no dia 1 de dezembro”, pode ler-se no comunicado enviado.
A DGS assegura que as “recomendações serão tornadas públicas oportunamente”, explicando que a “emissão de recomendações em vacinação é um processo técnico rigoroso baseado numa avaliação de risco-benefício”.
♦ LINKS ÚTEIS
- Atualização semanal da execução do Plano Nacional de Vacinação contra a covid-19
- ECDC – listagem que permite seguir o número de vacinas já administradas na Europa
- Universidade de Oxford – dados sobre evolução da vacinação contra a covid-19
- Bloomberg – listagem que permite seguir o número de vacinas já administradas no mundo
- London School of Hygiene & Tropical Medicine – gráfico que mostra o progresso dos projetos de vacinas
- Agência Europeia dos Medicamentos
- Covid-19 DGS – relatórios de situação diários
- Direção-Geral da Saúde (DGS)
- Organização Mundial da Saúde (OMS)
- ECDC – Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças