Os fundos europeus de Coesão, através do Programa Regional ALGARVE 2030, mobilizam 66 milhões de euros, com uma comparticipação a fundo perdido de 60%, para promover a gestão sustentável da água na região. Este financiamento destina-se a cobrir deficiências no ciclo urbano da água, incluindo o abastecimento para consumo humano e o saneamento de águas residuais urbanas.
Investimentos estruturais em sistemas públicos de água
A CCDR Algarve esclarece que este investimento irá beneficiar tanto os “sistemas em baixa” — responsáveis pela distribuição e armazenamento de água potável, bem como pela drenagem de águas residuais urbanas, geridos por municípios e empresas públicas — como os “sistemas em alta”. Estes últimos abrangem desde a captação, tratamento e elevação de água até ao seu transporte e armazenamento, incluindo o saneamento básico.
Com esta abordagem integrada, o Programa visa resolver perdas significativas de água na rede pública regional, que, em 2019, correspondiam a cerca de 24% do volume distribuído, comprometendo a eficiência do sistema.
Enquadramento nacional e desafios regionais
O comunicado sublinha a necessidade de alinhamento com metas nacionais para 2030. Destacam-se as disparidades regionais, como:
- Uma média regional de 30,2% de água de abastecimento não faturada, contra uma meta nacional inferior a 25%;
- Acessibilidade física ao sistema de águas residuais entre 49% e 79% em seis concelhos, abaixo da meta nacional de 88%;
- Apenas 3,3% do volume de águas residuais reutilizadas, frente à meta nacional de 20%.
Conferência para sensibilizar sobre o uso sustentável da água
Para sensibilizar a população e promover o uso eficiente dos recursos hídricos, a CCDR Algarve, em parceria com o jornal Público, dinamiza um ciclo de conferências subordinadas ao tema “Gestão Eficiente e Inteligente da Água”. A primeira conferência terá lugar a 28 de outubro, às 9h30, no auditório verde da Universidade do Algarve – Campus de Gambelas, e é aberta ao público mediante inscrição.
Este ciclo pretende reunir diversos intervenientes, como entidades públicas, organizações, municípios e empresas, promovendo uma estratégia de gestão integrada da água. De acordo com o Plano Estratégico PENSAARP 2030, as intervenções serão orientadas para uma gestão hídrica inteligente e para a conscientização da escassez deste recurso vital.
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