É oficial: Portugal está na seleta ‘lista verde’ do Reino Unido, anunciada pelo Governo britânico para os seus cidadãos começarem a fazer viagens a partir de 17 de maio, proibidas desde janeiro e circunscritas a razões essenciais, como trabalho ou estudo, cujas infrações envolvem multas de 5 mil libras.
Isto significa que ficaram livres de fazer as obrigatórias quarentenas ao regressar, uma vez que o país é considerado ‘seguro’ em termos sanitários e no que toca ao controle da pandemia de covid-19.
O Turismo de Portugal prevê retomar as 700 rotas aéreas semanais com o Reino Unido que havia antes da covid.
No Algarve, a Easyjet anunciou para o verão mais 175 mil lugares, a Easyjet mais 60 mil e a British Airways está a propôr novas rotas para New Castle, Manchester e Edinburgo, além de as agências online estarem com crescimento de reservas a três dígitos desde o anúncio do Reino Unido.
O Algarve está com perspetivas que apontam para “um verão substancialmente melhor que 2020”, o que além do turismo interno inclui a expectativa de crescimento em “três dos principais mercados externos para a região que no ano passado sofreram um grande revés”, como Reino Unido, Irlanda e Espanha, segundo já apontou João Fernandes, presidente da Região de Turismo do Algarve (RTA).
Inglaterra vai dar novo passo de “volta à normalidade”
A Inglaterra vai “dar um passo muito considerável no caminho de volta à normalidade” na próxima segunda-feira, quando o setor da restauração e turismo voltarem a funcionar em pleno, confirmou hoje o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.
As pessoas poderão encontrar-se em grupos de até 30 pessoas ao ar livre, enquanto a regra de grupos de seis pessoas ou duas famílias será aplicada à sociabilização em espaços fechados, como bares, cafés ou restaurantes.
Os cinemas, teatros, salas de concerto e estádios de futebol também poderão reabrir, embora com algumas limitações em termos de capacidade, e tal como hotéis, permitindo às pessoas viajarem e pernoitarem dentro do país.
As máscaras vão deixar de ser exigidas em escolas secundárias, embora continuem a ser obrigatórias em espaços comerciais e transportes públicos.
“Hoje estamos a dar um passo em direção ao momento em que aprendemos a viver de forma responsável com a covid-19, quando deixaremos, eventualmente, de confiar em decretos governamentais detalhados e tomaremos as nossas próprias decisões”, afirmou Johnson.
Porém, o chefe do executivo manteve alguma cautela relativamente ao contacto físico próximo, nomeadamente abraços, até agora desaconselhados.
“Todos nós sabemos que o contacto próximo, como um abraço, é uma forma direta de transmissão da doença. Portanto, peço que pensem sobre a vulnerabilidade de vossos entes queridos, se eles receberam uma vacina, uma ou duas doses, e se houve tempo para que a vacina fizesse efeito”, vincou.
A partir de 17 de maio serão também autorizadas viagens para o estrangeiro, mas apenas 12 países e territórios, entre os quais Portugal, estão isentos de quarentena na chegada a Inglaterra.
Devido à regionalização dos poderes, as regras são diferentes na Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, e determinadas pelos Governos autónomos.
O primeiro-ministro britânico disse que foi feito “um bom progresso” foi feito no mês passado, com as taxas de infeção no nível mais baixo desde setembro, e as mortes e hospitalizações no seu nível mais baixo desde julho.
Indicou também confiança de que será possível avançar para a próxima e última etapa, a 21 de junho, quando o Governo espera remover as restrições de contacto social, permitindo a reabertura de discotecas e grandes eventos públicos, como festivais.
“Para dar mais tempo para as empresas se prepararem, vamos anunciar mais no final deste mês sobre exatamente como o mundo será e qual papel poderá haver, se houver, para a certificação [de vacinas] e distanciamento social”, prometeu.
O Reino Unido registou a morte de quatro pessoas e 2.357 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, de acordo com os últimos dados do Governo britânico, que hoje baixou o grau de alerta sobre a pandemia.
Desde dezembro foram imunizadas mais de 35 milhões pessoas com uma primeira dose de uma vacina contra a covid-19, das quais quase 18 milhões também já receberam a segunda dose.
Desde o início da pandemia, o Reino Unido notificou 127.609 óbitos de covid-19, o número mais alto da Europa.
Notícia exclusiva do nosso parceiro Expresso