O acidente da noite de 17 de Junho na Via do infante, que envolveu um autocarro e que causou três vítimas mortais e 31 feridos, determinou a activação do plano de contingência do Centro Hospitalar do Algarve (CHA), disse ao postal fonte hospitalar.
“A activação do plano de contingência do CHA resultou dos primeiros contactos entre os serviços de protecção civil e INEM/CODU (Instituto Nacional de Emergência Médica/Centro de Orientação de Doentes Urgentes) e os serviços de saúde a cargo do centro hospitalar, nomeadamente, os hospitais de Faro e Portimão e os Serviços de Urgência básica, neste caso os de Loulé e de Albufeira”, referiu ao Postal a mesma fonte.
Genericamente, o plano de contingência implica a preparação dos meios de resposta em termos de assistência médica para um sinistro com uma elevada quantidade de vítimas. Assim os serviços de urgência, dos centros de saúde e dos hospitais, adequam as suas capacidades de resposta ao número de sinistrados previsível.
“Áreas como os serviços de urgência, os blocos operatórios e os meios humanos adequados à situação, nomeadamente, médicos, nomeadamente especialistas, intensivistas, anestesistas, assim como enfermeiros e demais recursos humanos hospitalares são preparados para dar resposta às situações que chegam aos serviços”, explicou.
A mesma fonte do CHA realçou “que os profissionais de serviço à hora do acidente nos hospitais e serviços de urgência do sistema do centro hospitalar se prontificaram de imediato a prolongar o seu tempo de serviço de acordo com as necessidades, assim como, os que se encontravam fora de serviço se disponibilizaram a prestar os seus serviços em caso de necessidade”.
O Postal sabe que a Administração do CHA emitiu hoje uma nota interna de agradecimento aos profissionais de saúde realçando o seu profissionalismo e sentido ético e a sua disponibilidade imediata na extensão dos horários e na disponibilidade para se deslocarem para os respectivos serviços, mesmo não estando a trabalhar.
A primeira resposta ao acidente
Quanto à actuação em primeira linha, a Via do Infante tem um plano de emergência (Plano de Intervenção da A22) que já foi testado e que serve de base à forma como se responde a situações de emergência naquela que é a única auto-estrada da região.
Operações de simulacro como a “Infante Seguro 2010” serviram de base ao treino dos meios operacionais de resposta a ocorrências na A22 e estão pois intimamente ligadas com a capacidade de resposta dos meios deslocados para o local na noite de ontem, pouco depois das 23 horas.
Recorde-se que na operação de socorro estiveram implicados dois helicópteros, 156 operacionais das forças de protecção civil e 101 veículos, a que se somaram um posto médico avançado para assistência pré-hospitalar e meios de auxílio psicológico às vítimas.
A prova de que o treino e o exercício compensa está na forma como o socorro aos acidentados ocorreu e na capacidade de resposta regional verificada, com apenas uma vítima a ter de ser transportada para o Hospital de São José em Lisboa, com um traumatismo maxilo-facial que não podia ser resolvido pelas valências regionais disponíveis.