Olhão foi na manhã desta terça-feira o epicentro a nível nacional de mais uma edição do exercício público “A Terra Treme”, com que a Autoridade Nacional de Proteção Civil procura anualmente chamar a atenção para o risco sísmico e para a importância de comportamentos simples que os cidadãos devem adotar em caso de sismo, mas que podem salvar vidas.
Às 11:14, pontualmente, um pouco por todo o país, a população foi convidada a executar os três gestos que salvam: baixar, proteger e aguardar.
Foi assim também na Escola Secundária Francisco Fernandes Lopes, onde decorreram as cerimónias oficiais, que se realizaram pela primeira vez fora da região de Lisboa, e contaram com a presença do ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, do ministro da Educação, João Costa, da secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, do presidente da ANEPC, José Duarte da Costa, bem como de representantes nacionais e regionais dos agentes de proteção civil.
Para além da realização do exercício, que contou com a participação de toda a comunidade escolar, houve lugar, ao longo da manhã, para a demonstração das boas práticas implementadas naquele estabelecimento de ensino, e a uma exposição de meios dos agentes de proteção civil (corpos de bombeiros, forças de segurança, forças armadas, Autoridade Marítima Nacional, Autoridade Nacional de Aviação Civil e INEM).
No final das atividades, o ministro José Luís Carneiro mostrou-se satisfeito com a aposta feita na descentralização da realização do exercício A Terra Treme: “Pelo que tenho visto, diria que o Algarve tem práticas de proteção civil que estão entre as melhores do nosso país. Há um compromisso dos autarcas com esta cultura, e o município de Olhão e o seu presidente da Câmara são exemplos das boas práticas que são desenvolvidas na região”.
“Quando assim é”, acrescentou o governante, “está a acontecer aquilo que é o mais relevante para o sistema nacional de proteção civil, que é ter a garantia de que os níveis de decisão locais e regionais estão comprometidos com uma cultura de segurança e de proteção civil preventiva”.
Dirigindo-se aos alunos, o presidente da autarquia, António Miguel Pina, exortou-os a, “quando chegarem a casa, difundirem a mensagem do exercício que hoje aqui realizaram de forma exemplar. Este é um exercício que pode salvar as nossas vidas e as daqueles que mais amamos”.
Uma mensagem cuja importância foi reforçada na manhã desta terça feira com a ocorrência, dois minutos antes da hora do exercício, de um sismo, perto de Faro, de magnitude 2.6.
“Sabemos que é uma questão de tempo até que aconteça um sismo de magnitude bastante mais considerável; daí a importância de estarmos preparados e colocarmos em prática estes exercícios, que salvam vidas”, concluiu António Miguel Pina.
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