Os britânicos a morar em Portugal queixam-se que lhe está a ser vedado o acesso à saúde, contratos de trabalho e até a escolas, porque o SEF ainda não emitiu os cartões de residente. Dizem que os documentos provisórios que lhes deviam garantir os direitos após o Brexit não estão a ser aceites por diversas entidades, o que leva a que muitos sejam barrados em fronteiras europeias quando saem de Portugal.
Vários cidadãos britânicos que se encontram a residir em Portugal estão neste momento a ser afetados pelos documentos que lhes foram atribuídos em Portugal de forma a poderem residir no país. Tem-lhes sido dito que os documentos não são legítimos e que são apenas um pedido de residência.
Quando tentaram entrar noutros países europeus, alguns foram mandados parar pelos serviços de fronteiras, pois os papéis que lhes foram atribuídos não são cartões biométricos para os beneficiários do Acordo de Saída. Os lesados afirmam que apenas os britânicos residentes em Portugal sabem o que este documento é.
Um dos casos retratados é o de Alan, que foi bloqueado ao aterrar na Alemanha e enfrenta neste momento um procedimento criminal. Pagou 5 mil euros para encontrar uma nova rota de regresso e arrisca agora, inclusive, ordem de expulsão do espaço europeu.
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras diz que nada disto deveria acontecer e tanto o documento provisório como as autorizações de residência, entretanto expiradas, continuam em vigor em Portugal e no espaço europeu. A realidade é que há já milhares de queixas apresentadas por britânicos que foram afetados pela situação.
A validade estendida dos documentos dos cerca de 60 mil britânicos a residir em Portugal tem força de lei até que os cartões biométricos sejam emitidos.
- VÍDEO: SIC Notícias, televisão parceira do POSTAL