Nada temos contra opiniões contrárias e entendemos que é na pluralidade que a democracia pode e deve ser aprofundada. Respeitamos a opinião de cada um e a liberdade de associação.
Nos últimos dias temos assistido a um ruidoso movimento contra a construção da nova ponte sobre o rio Gilão, que vem substituir a atual ponte metálica, construída neste local há cerca de 30 anos. Durante este período, com vários executivos municipais e muitos fazedores de opinião, ninguém colocou em causa a utilidade desta velha estrutura que foi usada por peões e viaturas, sendo uma travessia imprescindível na dinâmica e atratividade da baixa de Tavira e da mobilidade dos seus residentes e visitantes. Trata-se, portanto, de substituir uma estrutura velha, degradada e insegura (por estes motivos, fechada ao trânsito há cerca de 3 anos) por uma nova, funcional e acessível, preparada para as pessoas com mobilidade reduzida, continuando Tavira a ser a cidade mais bonita e preservada do Algarve.
O processo de construção desta nova ponte é público há longos anos. A obra esteve prevista nos últimos 3 programas eleitorais do PS às autárquicas, sufragados por larga maioria dos tavirenses. A Câmara Municipal tem verbas próprias para a obra. O projeto foi conhecido, após seleção entre várias propostas apresentadas e divulgado para quem tivesse interesse em manifestar opinião. O concurso público foi lançado, adjudicado e obtido visto do Tribunal de Contas.
A ponte em construção é mais de dois terços pedonal e ciclável, tendo apenas uma faixa dedicada a viaturas, opção mais que justificável para permitir todas as possibilidades de utilização no futuro, nomeadamente em situações de viaturas de emergência e de segurança.
O jardim público continuará a ser um ex libris de Tavira, com o seu charme encantador. A baixa da cidade continuará a ser das pessoas. Sempre das pessoas.
Só agora que há obra no terreno para fazer a nova ponte, precisamente no mesmo local da atual, surgem vozes discordantes e um movimento que quer fazer parar o investimento.
Será de perguntar:
– Onde estiveram estas pessoas e este movimento ao longo deste tempo, que só agora, decidiram colocar Tavira nos meios de comunicação social de forma depreciativa e alarmista?
– Sabem se a opinião que defendem é partilhada pelos que utilizam e passam diariamente pela baixa de Tavira?
– Sabem a opinião dos cidadãos e comerciantes que necessitam de acessos mais próximos e não ficar unicamente dependente da ponte Romana?
– Têm a consciência dos problemas de segurança acrescidos, reportados pelas autoridades, que a existência apenas da ponte romana, tráz?
Respeitamos quem tem convicções e ideias discordantes. Mas não permitiremos que se lance a desinformação sobre projetos estruturantes e decisivos para a cidade, prejudicando assim Tavira e os Tavirenses.
O Partido Socialista defende e apoia a Presidente Ana Paula Martins e todos os membros do executivo no cumprimento do programa eleitoral votado maioritariamente, de forma universal e democrática, pelos Tavirenses, onde constava “Construir a nova ponte do Rio Gilão na localização da atual ponte provisória” (medida 65, página 28 do programa eleitoral às ultimas autárquicas).
Em vez de lançar uma campanha contra a autarquia, nas redes sociais e na comunicação social, tendo a ponte como motivo, utilizando a boa vontade e desejo de participação de muitas pessoas, com muita informação falsa incluída, o movimento Tavira Sempre devia dizer antes quais as suas reais intenções.
Parece que a campanha eleitoral já começou!!
MAIS EM:
PPM Algarve defende uma ponte ecológica em Tavira, assente num projeto mais barato e simples
Movimento Tavira Sempre está contra a construção da nova ponte
Câmara de Tavira esclarece acerca da construção da nova ponte sobre o Rio Gilão
NOTA DA DIREÇÃO: o texto publicado foi hoje recebido na nossa redação às 9:30 por e-mail, sendo que o corpo de e-mail referia ser uma Nota de Imprensa, mas o conteúdo do anexo em PDF era todo ele opinativo e assinado por João Pedro Rodrigues na qualidade de presidente do PS de Tavira.
Tratou-se de uma escolha editorial da jornalista de serviço do POSTAL e cujo tratamento optou por não tratar a missiva como nota de imprensa, mas sim como Opinião.
Ora, ainda hoje, fomos contactados via telefone por um destacado tavirense ligado ao Movimento Cívico Tavira Sempre que acusou o POSTAL de estar a ser o porta voz da Câmara Municipal de Tavira e do PS de Tavira.
*Mas ainda no passado mês, à margem da Gala do POSTAL, o militante José Graça acusava o jornal de estar a fazer campanha pelo PSD ao permitir que os leitores considerassem o psicólogo e chefe de gabinete da Câmara Municipal de Castro Marim uma das Personalidades do Ano, na área da política, eleito na Gala do POSTAL.
Pois bem, cabe esclarecer que o jornal POSTAL é totalmente independente face aos partidos, forças políticas, religiosas e económicas. Sempre o foi e sempre o será. Infelizmente, há quem faça interpretações diferentes o que é felizmente legítimo em democracia e de louvar seja em que sistema político for.
O que não é de louvar e nos entristece, é a maneira brejeira como se fazem acusações a projetos jornalísticos sérios como o POSTAL, mesmo depois de 32 anos de publicação, e que tanto tem dado de si à região e à sua população.
Da nossa parte, não baixaremos os braços e continuaremos a informar como a mesma dedicação, força e vontade. Saiba a região e a sua população valorizar o nosso trabalho como nós temos valorizado a região e a sua gentes. Assim, sim, sairíamos todos a ganhar!
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*Parágrafo actualizada às 13:15 de 23/11/2019, após ler o teor da missiva enviada hoje pelo presidente do PS Tavira sobre a referida pressão jornalística e cuja prática garante condenar e nada ter a ver com a postura do PS de Tavira ao longo dos seus 6 anos de presidência, o POSTAL indentifica o seu autor e louva a atitude da direção política do PS de Tavira, retratando-se se houve qualquer interpretação considerada menos abonatória.