Portugal registou nas últimas 24 horas mais 4.670 casos confirmados de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 e 17 mortes atribuídas à covid-19, bem como mais oito pessoas internadas, segundo a Direção-Geral da Saúde.
Ao dia de hoje estão internadas 841 pessoas com covid-19, mais oito do que na terça-feira, das quais 116 em unidades de cuidados intensivos, categoria que não registou alterações últimas 24 horas.
A maior parte dos novos casos foi diagnosticada na zona Norte (1.438), seguindo-se Lisboa e Vale do Tejo (1.401) e zona Centro (1.231).
Das 17 mortes, seis ocorreram na região Centro, quatro em Lisboa e Vale do Tejo, três na Madeira, duas no Norte, uma no Alentejo e uma no Algarve.
Por idades, uma das pessoas que morreu com covid-19 tinha entre 50 e 59 anos, uma entre 60 e 69, sete entre 70 e 79 anos e oito tinham mais de 80 anos.
O maior número de óbitos continua a concentrar-se entre os idosos com mais de 80 anos (12.034), seguindo-se as faixas etárias entre os 70 e os 79 anos (3.967) e entre os 60 e os 69 anos (1.683).
Há agora 55.778 casos ativos de covid-19 (mais 2.207 do que na terça-feira) e recuperaram 2.446 pessoas, o que aumenta o total nacional de pessoas recuperadas para 1.077.683.
Em relação a terça-feira, as autoridades de saúde têm mais 2.821 contactos em vigilância, totalizando 67.805.
Dos novos casos, 624 foram diagnosticados em crianças com menos de 10 anos, 481 em jovens entre os 10 e os 19 anos, 585 em pessoas entre os 20 e os 29, 700 entre os 30 e os 39 anos, 785 entre os 40 e 49 anos, 620 entre os 50 e 59 anos, 483 entre os 60 e os 69 anos, 278 entre os 70 e os 79 anos e 114 em pessoas com mais de 80 anos.
A região de Lisboa e Vale do Tejo registou desde o início da crise pandémica 441.759 casos e 7.834 mortes.
Na região Norte, registaram-se 433.138 infeções e 5.647 óbitos desde o início da pandemia.
A região Centro tem agora um total acumulado de 160.805 infeções e 3.257 mortes.
O Algarve notificou mais 295 casos, acumulando 48.826 contágios e 509 óbitos, e há mais 171 novos casos no Alentejo, que soma 42.532 contágios e 1.063 mortos desde março de 2020.
A Região Autónoma da Madeira contabilizou, nas últimas 24 horas, segundo a DGS, 91 novos casos, somando 14.730 infeções e 99 mortes, e os Açores 43 novos casos, totalizando 10.129 contágios e 49 mortes.
As autoridades regionais dos Açores e da Madeira divulgam diariamente os seus dados, que podem não coincidir com a informação divulgada no boletim da DGS.O novo coronavírus já infetou em Portugal pelo menos 1.151.919 pessoas – 535.201 homens e 615.918 mulheres –, indicam os dados da
A taxa de incidência a nível nacional encontra-se agora em 349,8 casos por 100 mil habitantes, e em 351,4 casos no continente. Dados que representam um aumento significativo em relação à última atualização feita pela DGS na segunda-feira e que indicava uma incidência de 325,9 casos a nível nacional, e 327,5 casos no continente.
Em sentido contrário, o índice de transmissibilidade (vulgo Rt) registou uma ligeira descida a nível nacional de 1,17 para 1,15, assim como no continente, passando de 1,18 para 1,16 entre segunda-feira e esta quarta-feira.
DGS, segundo os quais há 800 casos de sexo desconhecido, que se encontram sob investigação, uma vez que esta informação não é fornecida de forma automática.
Entre as 18.458 pessoas que morreram com covid-19 em Portugal desde o início da pandemia, 9.670 eram homens e 8.788 mulheres.
A covid-19 provocou pelo menos 5.214.847 mortes em todo o mundo, entre mais de 262,26 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
Uma nova variante, a Ómicron, foi recentemente detetada na África do Sul e, segundo a Organização Mundial da Saúde, o “elevado número de mutações” pode implicar uma maior infecciosidade.
14 casos de variante Ómicron em Portugal num total de 59 na Europa
Portugal tem agora 14 casos confirmados da variante Ómicron do SARS-CoV-2, considerada de preocupação, anunciou hoje o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), falando num total de 59 pessoas infetadas com esta estirpe na Europa.
Numa atualização epidemiológica publicada ao início da tarde, que tem por base dados facultados ao ECDC pelos Estados-membros da União Europeia e Espaço Económico Europeu (UE/EEE) até às 12h (hora de Bruxelas, menos uma em Portugal), esta agência europeia informa que “15 casos adicionais da variante de preocupação Ómicron foram confirmados, elevando o total para 59”.
Em concreto, “os casos foram comunicados por 11 países da UE/EEE: Áustria (3), Bélgica (2), República Checa (1), Dinamarca (4), França (1, na Reunião), Alemanha (9), Itália (4), Países Baixos (16), Portugal (14), Espanha (2), e Suécia (3), de acordo com informações de fontes públicas”, precisa o ECDC.
Isto significa que Portugal, agora com 14 casos da estirpe Ómicron, é o segundo país da UE/EEE com mais casos.
O centro europeu explica que “a maioria dos casos confirmados tem um historial de viagens para países da África Austral, tendo alguns efetuado voos de ligação para outros destinos entre África e a Europa”.
Além disso, “todos os casos para os quais existe informação disponível sobre gravidade foram assintomáticos ou ligeiros”, destaca o organismo europeu, frisando que, “até à data, não foram comunicados quaisquer casos graves ou mortes entre estes casos”.
A estes acrescem “vários casos prováveis de toda a região, mas estão ainda sob investigação”, conclui o ECDC.
Fora da UE/EEE, foram detetados 12 casos em territórios como Austrália, Botswana, Brasil, Canadá, Hong Kong, Israel, Japão, Nigéria, Arábia Saudita, África do Sul, Suíça, e Reino Unido, de acordo com a mesma atualização epidemiológica do centro europeu.
Uma nova variante, a Ómicron, foi recentemente detetada na África do Sul.
AS NOVAS MEDIDAS EM VIGOR A PARTIR DESTA QUARTA-FEIRA
As novas medidas para responder ao aumento do número de casos de covid-19 entraram em vigor às 00:00 desta quarta-feira, coincidindo as restrições com o regresso à situação de calamidade, que vai manter-se até 20 de março de 2022.
As novas medidas assentam essencialmente no reforço da utilização de máscara, da testagem e do certificado digital.
► MÁSCARAS OBRIGATÓRIAS EM TODOS OS ESPAÇOS FECHADOS
Sendo a utilização da máscara um dos três principais instrumentos do executivo para conter o agravamento da pandemia de covid-19, o uso de máscara passa a ser novamente obrigatório em todos os espaços fechados.
► USO DO CERTIFICADO DIGITAL
O certificado digital covid-19 volta a ser obrigatório no acesso a restaurantes, estabelecimentos turísticos e alojamento local, ginásios e eventos com lugares marcados, bem como em estabelecimentos de jogos de fortuna ou azar, casinos, bingos ou similares.
► APRESENTAÇÃO DE TESTE NEGATIVO
No acesso a lares, estabelecimentos de saúde, grandes eventos culturais ou desportivos e discotecas passa a ser exigida a apresentação de teste de deteção do vírus SARS-CoV-2 com resultado negativo. A medida aplica-se mesmo a pessoas vacinadas contra a covid-19.
► REGRAS PARA ENTRAR EM PORTUGAL
Por via aérea
Todos os passageiros provenientes de voos internacionais, independentemente de possuírem certificado de vacinação, são obrigados a apresentar um teste negativo de diagnóstico à covid-19, à exceção dos viajantes com certificado de recuperação da covid-19.
Estão isentos da obrigatoriedade de testes, que podem ser PCR ou rápido, os passageiros de voos domésticos, os menores de 12 anos e as tripulações. Esta medida de obrigatoriedade de testes vai estar em vigor até 9 de janeiro.
Pela fronteira terrestre com Espanha
Os cidadãos de países exteriores à União Europeia e dos países da UE considerados de risco vermelho ou vermelho-escuro precisam de comprovativo de teste PCR negativo ou de teste rápido antigénio para entrar em Portugal ou certificado de recuperação.
Os cidadãos oriundos dos países da UE considerados de risco baixo ou moderado devem ser portadores do certificado de vacinação, teste ou recuperação para entrarem Portugal.
► TELETRABALHO E TESTAGEM REGULAR RECOMENDADA
O teletrabalho e a testagem regular não entram na lista de novas regras, mas são recomendações do Governo para ajudar a conter a pandemia da covid-19.
► SEMANA DE CONTENÇÃO
Durante a primeira semana de janeiro, vai estar em vigor um conjunto de medidas para reduzir os contactos, com o objetivo de conter a propagação do SARS-CoV-2 após o período do Natal e Ano Novo.
Por isso, o reinício do ano letivo foi adiado para 10 de janeiro, em vez da data inicialmente definida no calendário escolar, que previa o início do 2.º período no dia 3.
♦ LINKS ÚTEIS
- Atualização semanal da execução do Plano Nacional de Vacinação contra a covid-19
- ECDC – listagem que permite seguir o número de vacinas já administradas na Europa
- Universidade de Oxford – dados sobre evolução da vacinação contra a covid-19
- Bloomberg – listagem que permite seguir o número de vacinas já administradas no mundo
- London School of Hygiene & Tropical Medicine – gráfico que mostra o progresso dos projetos de vacinas
- Agência Europeia dos Medicamentos
- Covid-19 DGS – relatórios de situação diários
- Direção-Geral da Saúde (DGS)
- Organização Mundial da Saúde (OMS)
- ECDC – Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças