O responsável pelo núcleo de coordenação do plano de vacinação contra a covid-19 indicou hoje que o objetivo é atingir uma capacidade de inoculação de meio milhão de pessoas por semana.
“Neste momento temos 304 centros de vacinação a funcionar e estamos a planear, com as câmaras municipais, com as administrações regionais de saúde, onde é que é preciso ter mais centros de vacinação”, disse o coronel Carlos Penha Gonçalves aos jornalistas em São Domingos de Rana, Cascais, onde visitou um centro de vacinação ao lado da diretora-geral da saúde, Graça Freitas.
“A capacidade que queremos ter, total, é de 500.000 pessoas por semana. É essa a capacidade que estamos a planear neste momento e depois irá ser aumentada, consoante as necessidades”, acrescentou.
Questionado sobre a eventual chegada a Portugal da nova variante (ómicron) do vírus que causa a covid-19, o responsável afirmou: “Estamos completamente concentrados em vacinar pessoas mais frágeis que podem estar a perder imunidade e que precisam de ser protegidas neste inverno, não nos vamos distrair com outras coisas neste momento”.
Graça Freitas, por seu lado, assumiu a preocupação com esta nova variante, recordando que foi classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como “preocupante”.
Portugal já deu um milhão de doses de reforço da vacina contra a covid
Já foram dadas um milhão de doses de reforço da vacina contra a covid e cerca de 1,8 milhões de doses da vacina contra a gripe, diz a Direção-Geral da Saúde em comunicado divulgado esta sexta-feira.
Vai haver “uma intensificação do ritmo de vacinação nos próximos dias”, informa a DGS, uma vez que aumentou o número de pessoas elegíveis para a terceira dose. Ronda agora 1,8 milhões de pessoas a partir dos 65 anos.
“Os centros de vacinação estão a trabalhar para que o processo seja fluído e célere, mesmo com grande afluência, apelando à melhor compreensão dos utentes face a eventuais constrangimentos pontuais que possam ocorrer”, lê-se no comunicado.
Este sábado e domingo, dia 27 e 28, os centros de vacinação vão estar abertos para inocular “as pessoas convocadas através de agendamento central e local, na sua capacidade máxima”, lembra ainda a DGS.