O primeiro-ministro afirmou hoje que Portugal está preparado para comprar cerca de 16 milhões de doses de três vacinas contra a covid-19 e adiantou que Bruxelas prepara um combate às campanhas de desinformação em relação à vacinação.
Estas posições foram transmitidas por António Costa em conferência de imprensa, no final da cimeira de chefes de Estado e de Governo sobre o combate à covid-19 e que decorreu por videoconferência.
Perante os jornalistas, o primeiro-ministro reiterou a ideia de que as vacinas contra a covid-19 “serão distribuídas de acordo com uma grelha definida pela Comissão Europeia, tendo em conta a população de cada Estado-membro”.
“Serão distribuídas simultaneamente em todos os Estados-membros e nas mesmas condições”, reforçou o primeiro-ministro.
No caso de Portugal segundo António Costa, “relativamente a três das vacinas, já estão definidas as doses a comprar: Numa 6,9 milhões; em outra 4,6 milhões; e, na terceira, 4,5 milhões”.
“É o que está neste momento a ser definido de acordo com a grelha de repartição que foi definida em função da população de todos os Estados-membros”, justificou o primeiro-ministro.
Na cimeira de chefes de Estado e de Governo, de acordo com o primeiro-ministro, “ficou também estabelecido que a Comissão Europeia vai desenvolver o trabalho para que exista uma estratégia comum de informação sobre a vacinação, de forma a que haja confiança na cidadania europeia em torno da vacina contra a covid-19”.
Uma campanha que, segundo o primeiro-ministro português, “visa prevenir campanhas de informação falsa e de contra-informação – campanhas que se sabe estarem a ser preparadas contra o programa de vacinação”.
No que respeita ao programa de vacinação, António Costa disse que a Comissão Europeia confirmou já ter assinado quatro contratos com multinacionais farmacêuticas, tendo ainda em negociação mais três.
“Está a haver um trabalho conjunto entre as agências europeia e norte-americana do medicamento para haver um reconhecimento uma aprovação simultânea das vacinas que estão em desenvolvimento. A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, informou que há uma ideia otimista da Agência Europeia do Medicamente de que, durante dezembro, poderá conceder as primeiras autorizações condicionais para as vacinas”, acrescentou.