Cerca de 168 mil testes à covid-19 foram feitos em Portugal na sexta-feira, superando em mais de 50 mil os realizados na véspera. A taxa de positividade apresentada foi de 3,3%, revelou este domingo a ‘task force’ da testagem.
Este é o maior número de testes alguma vez registado num só dia em Portugal. Dos 168 mil testes, 117 mil (70%) foram testes rápidos de antigénio, revelaram as autoridades, sublinhando que os números excluem os autotestes.
Durante esta semana, foi ultrapassada a testagem de cem mil testes diários por três vezes: na terça-feira, dia 30 de novembro, quando foram feitos cerca de 117 mil; na quinta-feira quando se realizaram 113 mil e na sexta-feira, com 168 mil.
“Entre 29 de novembro e 3 de dezembro, foram realizados mais de 540 mil testes de diagnóstico à covid-19, sendo que a 26 de novembro, o país tinha já atingido a marca de 21 milhões de testes e deverá atingir os 22 milhões no início da próxima semana”, lê-se na nota.
Segundo a ‘task force’ da testagem, no mês de novembro realizaram-se “aproximadamente 1,5 milhões de testes de diagnóstico, com uma média diária de cerca de 50 mil testes”.
Em relação à sua tipologia, realizaram-se até à data cerca de 15,2 milhões de testes TAAN/PCR e aproximadamente 6,4 milhões de TRAg de uso profissional, num total de 21,6 milhões de testes.
Desde o dia 19 de novembro, os testes rápidos de antigénio efetuados nas farmácias e laboratórios aderentes ao regime excecional de comparticipação voltaram a ser gratuitos.
O regime excecional e temporário tinha terminado em outubro, tendo em conta que Portugal estava próximo de atingir os 85% da população totalmente vacinada contra a covid-19, mas o ministério decidiu reativá-lo devido à atual situação epidemiológica, com o aumento de casos de covid-19 e dos internamentos.
A medida, que abrange agora toda a população, “pretende reforçar a proteção da saúde pública e o controlo da pandemia covid-19 e vigora até 31 de dezembro”, refere a ‘task force’ de testagem, coordenada por Fernando Almeida, presidente do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
Segundo a mesma nota, a reativação do regime excecional e temporário de comparticipação dos TRAg “visa contribuir para a deteção e isolamento precoce de casos, prevenir e mitigar o impacto da infeção por SARS-CoV-2 nos serviços de saúde e nas populações vulneráveis, assim como reduzir e controlar a transmissão da infeção por SARS-CoV-2 e monitorizar a evolução epidemiológica da covid-19”.
Desde 1 de dezembro que no acesso a lares, estabelecimentos de saúde, grandes eventos culturais ou desportivos e discotecas passou a ser exigida a apresentação de teste de deteção do vírus SARS-CoV-2 com resultado negativo, uma medida que se aplica mesmo a pessoas vacinadas contra a covid-19.
Mais de 1% das pessoas estão infetadas na Alemanha, diz ministro da Saúde
Mais de 1% da população da Alemanha está infetada com covid-19, indicou hoje o ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, apelando aos cidadãos que ainda não se vacinaram para o fazerem.
De acordo com os cálculos do Instituto Robert Koch (RKI), cerca de 925.800 pessoas na Alemanha são consideradas ativamente infetadas com o coronavírus SARS-CoV-2, causador da doença covid-19.
O ministro da Saúde observou que o número de pessoas não vacinadas que estão infetadas e em estado grave é muito mais elevado que entre a população vacinada.
“Se todos os adultos alemães estivessem vacinados, não estaríamos nesta situação difícil”, declarou à imprensa em Berlim.
Spahn falava um dia depois de os líderes estaduais e federais terem anunciado novas duras medidas que visam sobretudo as pessoas não vacinadas, impedindo-as de entrarem em estabelecimentos de bens e serviços considerados não essenciais, restaurantes, recintos desportivos e espaços culturais.
Cerca de 68,8% da população alemã tem a vacinação completa, ao passo que o Governo definiu 75% como objetivo mínimo.
No entanto, na quarta-feira, pela primeira vez desde o verão, mais de um milhão de doses foi administrado num só dia, indicou o ministro, reiterando que o objetivo é administrar 30 milhões de doses até ao final do ano e assegurando que há vacinas suficientes.
As unidades de cuidados intensivos dos hospitais estão com quase 4.800 doentes com covid-19, o que representa uma ocupação de 21,6% das camas disponíveis nessas unidades para a população adulta.
A propósito, o ministro da Saúde advertiu ainda de que a Alemanha “ultrapassará em muito o número de 5.000 doentes nas unidades de cuidados intensivos nos próximos dias e semanas”, com “um triste pico” em torno da altura do Natal.