Um estudo recente revelou que o consumo elevado de carne vermelha processada está significativamente associado a um maior risco de desenvolver demência. Publicado a 15 de janeiro de 2025 na revista Neurology, da Academia Americana de Neurologia, o estudo sugere que substituir este tipo de carne por fontes de proteína mais saudáveis, como frutos secos, legumes ou peixe, pode reduzir esse risco em cerca de 20%.
Segundo a Leak, Daniel Wang, autor principal do estudo e professor assistente na Harvard T.H. Chan School of Public Health, destacou: “As diretrizes dietéticas tendem a centrar-se na redução dos riscos de doenças crónicas como as doenças cardíacas e a diabetes, enquanto a saúde cognitiva é menos frequentemente discutida, apesar de associada a estas doenças. Esperamos que os nossos resultados encorajem uma maior consideração da ligação entre a dieta e a saúde do cérebro.”
A investigação acompanhou 133.771 participantes, com uma idade média de 49 anos no início, ao longo de 43 anos. Durante este período, 11.173 participantes foram diagnosticados com demência. O estudo concluiu que consumir diariamente um quarto ou mais de uma porção de carne vermelha processada – como duas fatias de bacon, uma fatia e meia de mortadela ou um cachorro-quente – aumentava o risco de demência em 13%, mesmo considerando fatores como história familiar, condições de saúde e estatuto socioeconómico.
Além disso, avaliações cognitivas padrão mostraram um envelhecimento cognitivo acelerado de cerca de 1,6 anos por dose diária média de carne processada. Este impacto na saúde cognitiva reforça a necessidade de ajustar os hábitos alimentares, particularmente numa época em que o envelhecimento da população torna a demência uma preocupação crescente para famílias e sistemas de saúde.
Os resultados deste estudo poderão levar a alterações nas recomendações alimentares, promovendo uma maior atenção à relação entre dieta e saúde do cérebro.
Leia também: Estas persianas inteligentes da IKEA controlam temperatura e luminosidade da divisão