De acordo com o El País, o Ministério da Saúde confirmou no seu boletim epidemiológico deste sábado mais uma morte por varíola na Espanha. É o segundo, depois de avisar o primeiro na sexta-feira. O Ministério da Saúde da Andaluzia informou que se trata de um homem de 31 anos que foi internado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Universitário Reina Sofía em Córdoba com meningoencefalite causada pela infecção.
Recorde-se que a primeira vítima, na Comunidade Valenciana, também era um jovem (a idade não foi informada) que também sofria de encefalite.
A Espanha soma até agora um total de 4.298 casos confirmados da doença, conhecida como varíola dos macacos, segundo dados da Rede Nacional de Vigilância Epidemiológica (RENAVE).
Dados divulgados na sexta-feira pela RENAVE apontam que dos 3.750 infetados para os quais há informações disponíveis, 120 foram hospitalizados (3,2%) e um morreu, tornando-se na primeira morte em Espanha por esta doença, declarada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma emergência internacional de saúde, tendo aconselhado, na quinta-feira, os homens que fazem sexo com outros homens a reduzirem o número de parceiros.
Mais de 18.000 casos de Monkeypox foram detetados em todo o mundo desde o início de maio passado, fora das áreas endémicas de África. Segundo a OMS, a doença foi relatada em 78 países até agora e 70% dos casos estão concentrados na Europa e 25% nas Américas.
Em Portugal foram confirmados até ao momento 588 casos.
A doença, que tem o nome do vírus, foi identificada pela primeira vez em humanos em 1970 na República Democrática do Congo, depois de o vírus ter sido detetado em 1958 no seguimento de dois surtos de uma doença semelhante à varíola que ocorreram em colónias de macacos mantidos em cativeiro para investigação – daí o nome “Monkeypox” (“monkey” significa macaco e “pox” varíola).