A Clever Leaves, empresa colombiana de produção de canábis medicinal, cotada no índice bolsista norte-americano Nasdaq, obteve aprovação para a expansão das suas instalações em Portugal, que tem desde 2019, anunciou esta terça-feira a empresa em comunicado.
A autorização foi concedida pelo regulador da indústria farmacêutica, o Infarmed, que renovou também a licença da empresa para cultivar, importar e exportar.
Assim, a propriedade da Clever Leaves existente na região de São Teotónio, em Odemira, mais do que duplica a sua capacidade de cultivo: passando dos cerca de 10.000 metros quadrados (m2) já antes licenciados, para perto de 24.000 m2, área que inclui uma instalação dedicada a investigação.
A aprovação da expansão vai permitir à empresa “elevar a produção comercial para um padrão de qualidade ainda mais elevado, como também reforçar o foco na atenção dada à testagem e estabilização de novas variedades da planta da canábis e no desenvolvimento contínuo de novos produtos”.
Até ao momento, a Clever Leaves já exportou, das suas instalações portuguesas, para países como o Reino Unido, Israel, Austrália e Estados Unidos, países que têm requisitos legais diferentes no que diz respeito a este tipo de produtos.
Odemira está a exportar canábis para os Estados Unidos
Agora, com a expansão, a empresa diz que vai haver uma “maior adaptação dos esforços de cultivo à regulamentação específica de cada país”, podendo até exportar para mais países.
“As nossas operações portuguesas no ano passado já permitiram estabelecer um patamar histórico no comércio global de canábis”, disse, citado no comunicado, Kyle Detwiler, presidente executivo da Clever Leaves. “Estamos otimistas em relação ao que conseguiremos alcançar no mercado internacional em 2022”, acrescentou.
De acordo com o comunicado, “a produção nas novas instalações de cultivo foi já iniciada, esperando-se que os primeiros produtos estejam prontos para o mercado no segundo ou terceiro trimestres de 2022”.
Empresa quer produzir 20 toneladas de canábis para fins medicinais por ano no Algarve
– Notícia do Expresso, jornal parceiro do POSTAL