O boletim da covid-19 divulgado pela Direção-Geral da Saúde assinala esta quinta-feira nove mortes, 1477 infetados e 746 recuperados em Portugal, nas últimas 24 horas. Há atualmente 35.250 casos ativos em todo o país, mais 722 do que na véspera.
Os internamentos continuam a aumentar: há mais três pessoas nos hospitais do país, num total de 383 pacientes internados — o valor mais alto em quase dois meses. Há também mais dois doentes em unidades de cuidados intensivos (64 no total).
O número de casos reportado hoje (1477) é ligeiramente menor do que ontem (1654), mas continua acima da fasquia de um milhar e da média dos últimos sete dias (1205,1). Já os óbitos comunicados esta quinta-feira (nove) aumentaram face à véspera (cinco), mantendo-se também acima da média da última semana (sete mortes).
A última atualização da matriz de risco, na quarta-feira, dava conta de uma subida do R(t), ou índice de transmissibilidade, para 1,12 na globalidade do território nacional e no continente. Já a incidência da covid-19 aumentou para 125,4 casos por 100 mil habitantes no território nacional e 124,8 no continente, acima do limiar de risco dos 120 casos.
Estes são os números gerais da pandemia desde que o primeiro caso de covid-19 foi diagnosticado em Portugal, em março do ano passado: 1.102.438 infeções, 18.231 óbitos e 1.048.957 doentes recuperados. Há ainda esta quinta-feira 26.920 contactos em vigilância (mais 969 do que na véspera).
LISBOA E NORTE COM MAIS MORTES POR COVID
A região de Lisboa e Vale do Tejo e do Norte reportaram três mortes cada uma nas últimas 24 horas. O Algarve também registou dois óbitos e o Centro um. No total, há nove mortes a lamentar no último dia — cinco a partir dos 80 anos, três na faixa etária dos 70 aos 79, e uma na dos 60 aos 69.
No que toca aos casos por regiões, como já é habitual, Lisboa e Vale do Tejo volta a ter o maior aumento de infeções: 549 (ou 37,17% do total de contágios). Segue-se depois o Centro com 365 novos casos, o Norte com 322, o Algarve com 118, o Alentejo com 74, a Madeira com 44 e finalmente os Açores com apenas cinco infetados.
Os números absolutos de casos e mortes por região ficam assim:
Relativamente a casos confirmados por faixa etária, a fotografia do país é a seguinte:
Por último, quanto a mortes confirmadas por covid-19 por faixa etária, uma doença que afeta mais a população idosa, o retrato do país é este:
PORTUGAL MANTÉM 86% DA POPULAÇÃO COM A VACINAÇÃO COMPLETA
Portugal tem 86% da população com a vacinação completa contra a covid-19 e 87% com pelo menos uma dose da vacina, anunciou na quarta-feira a Direção-Geral da Saúde (DGS), percentagens que se têm mantido estáveis nas últimas semanas.
Segundo o relatório semanal da DGS, estão agora totalmente vacinadas contra o vírus SARS-CoV-2 8.904.253 pessoas, mais 18.471 do que na última semana, e 9.039.364 já receberam uma dose, o que representa mais 12.609 vacinados.
Todas as faixas etárias, que começam nos jovens dos 12 aos 17 anos, apresentam uma taxa de vacinação completa acima de 87% e de 90% em relação às pessoas que tomaram pelo menos uma dose da vacina contra a covid-19, sendo mesmo de 100% para os idosos com 65 ou mais anos.
A cobertura vacinal por regiões também não sofreu alterações significativas na última semana, continuando o Norte a ter 88% da população com a vacinação completa, seguido do Centro e do Alentejo (87%), de Lisboa e Vale do Tejo e dos Açores (84%), da Madeira (83%) e do Algarve (81%).
Desde o início da vacinação, no final de dezembro de 2020, Portugal recebeu cerca de 23 milhões de vacinas, tendo sido distribuídas pelos centros de vacinação e pelas duas regiões autónomas quase 20 milhões de doses.
COVID-19: LINHAS VERMELHAS PODEM SER ATINGIDAS EM JANEIRO
Os especialistas lembram que, nas últimas semanas, as idades onde o risco de infeção tem sido mais elevado se situam entre os 18 e os 25 anos, seguidos das crianças com menos de 10 anos e dos jovens adultos entre 25 e 40 anos de idade.
O professor da faculdade de ciências da universidade de Lisboa, Carlos Antunes, considera que a probabilidade de uma quinta vaga aumentou na última semana.
“Tínhamos um ritmo de subida que era lento, progressivo e paulatino até finais de outubro. No início de novembro tivemos o arranque mais acentuado do número de casos“, indica Carlos Antunes.
Num artigo datado se segunda-feira, Manuel Carmo Gomes e Carlos Antunes, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, defendem que, para que o coronavírus não interfira com a normalização da vida dos portugueses, deve combinar-se a manutenção de uma elevada proteção da população com reforços de vacinação em faixas etárias onde têm aumentando mais os novos casos, mesmo que tenham menor risco de doença grave.
O surto em Portugal, em gráficos e mapas
Casos ativos
Total de casos confirmados
Total de mortes
Evolução de mortes
Mortos por dia
Evolução de casos
Novos casos por dia
Gráficos e mapas do Expresso, jornal parceiro do POSTAL
♦ LINKS ÚTEIS
- Atualização semanal da execução do Plano Nacional de Vacinação contra a covid-19
- ECDC – listagem que permite seguir o número de vacinas já administradas na Europa
- Universidade de Oxford – dados sobre evolução da vacinação contra a covid-19
- Bloomberg – listagem que permite seguir o número de vacinas já administradas no mundo
- London School of Hygiene & Tropical Medicine – gráfico que mostra o progresso dos projetos de vacinas
- Agência Europeia dos Medicamentos
- Covid-19 DGS – relatórios de situação diários
- Direção-Geral da Saúde (DGS)
- Organização Mundial da Saúde (OMS)
- ECDC – Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças