Foram dois anos de abre e fecha, de alívio e de aperto de medidas, de isolamento, perdas e aquisição de novos hábitos, dos quais as máscaras são o símbolo mais visível e ainda presente. Mas a ciência e o desenvolvimento de uma vacina em tempo recorde ajudaram a evitar males maiores e a permitir sair da maior crise sanitária global desde a gripe espanhola, ocorrida um século antes.
O fim da pandemia está à vista e há uma quase normalidade restabelecida. Para trás, ficaram 15 estados de emergência (o primeiro desde o 25 de Abril foi decretado pelo PR a 18 de março), confinamentos obrigatórios, cercas sanitárias, proibições de circulação, espaços fechados, escolas incluídas. Os lares fecharam-se às visitas e os mais idosos foram ‘protegidos’ com um isolamento ditado pela prudência e o receio de que um simples abraço os pudesse pôr em risco.
Foram também os dois anos mais intensos para os profissionais do sector da saúde, num país que chegou a ter, em janeiro/fevereiro de 2021, quase sete mil pessoas internadas com covid-19, 900 das quais em unidades de cuidados intensivos. O número de mortes supera hoje as 21 mil.
Agora, com praticamente toda a população vacinada e enquanto uma nova variante não causar novas ameaças, os dias já são de alívio e há um regresso às rotinas que tinham sido suspensas. A preocupação passou a ser claramente outra.
(O Expresso publica até dia 16 de março uma série de trabalhos sobre os dois anos da pandemia.)
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL