O boletim covid-19 da Direção-Geral da Saúde dá conta, esta segunda-feira, de mais 36 mortes, 17.019 novos casos e mais 37.646 recuperados nas últimas 24 horas. Olhando para os casos ativos, são agora 608.147 (menos 20.663 do que ontem).
Trata-se do número de novos casos mais baixo desde 3 de janeiro (também uma segunda-feira), em que se oficializaram 10.554 positivos.
O número de mortes é também o mais baixo desde 30 de janeiro, quando foram reportadas 29 vítimas mortais. Os 36 óbitos que constam no boletim da DGS ficam bastante abaixo da média dos últimas sete dias (50,4). 23 mortes foram registadas em pessoas com 80 ou mais anos, seis na faixa etária 70-79, outras seis no grupo etário 60-69 e uma entre os 50-59.
Os internamentos voltaram a subir, pelo segundo dia consecutivo: há mais 49 doentes com covid-19 em ambulatório, o que eleva o total para 2560, dos quais 178 estão em unidades de cuidados intensivos, onde há agora menos duas camas ocupadas.
A matriz de risco, atualizada esta segunda-feira, indica uma descida do índice de transmissibilidade, o R(t), para 0,97 quer a nível nacional, quer no continente. A incidência desce para 6901,0 casos por 100 mil habitantes em todo o território nacional e para 6953,7 no continente. Na última atualização, na sexta-feira, o R(t) era de 1,05 no país e no continente, enquanto a incidência se situava nos 7163,7 a nível nacional, e nos 7207,0 no continente.
O R(t) indica o número de pessoas a quem é transmitido o vírus por cada pessoa infetada: ou seja, um valor de 1 indica que, por cada há 100 infetados, há mais 100 pessoas que são contaminadas. Estando este índice abaixo de 1 – o que já não acontecia desde outubro – isso quer dizer que número de novos casos está em redução.
Desde o início da pandemia em Portugal, em março de 2020, quando foi detetado o primeiro caso de covid-19, as autoridades de saúde já identificaram 2.932.990 infeções, 20.258 óbitos e 2.304.585 recuperados. Há ainda 665.534 contactos em vigilância, o que corresponde a mais 1092 do que na véspera.
Norte com 44,7% dos novos casos
Com 7608 novos infetados no último dia (o equivalente a 44,7% do total de contágios), o Norte continua a ser a região de Portugal com o maior aumento diário de casos, uma tendência que se verifica pelo 25.º dia consecutivo, em rigor, desde o dia 14 de janeiro. Há também a assinalar mais 11 mortes nesta zona do país.
Imediatamente a seguir está a região de Lisboa e Vale do Tejo, com 4326 novos casos (25,42%) e 11 óbitos, o Centro, com mais 2269 infetados (13,33%) e dez mortes, os Açores com 1077 contágios (6,33%) e sem qualquer fatalidade, o Algarve, onde mais 770 pessoas testaram positivo (4,52%) e também sem mortes, o Alentejo, com 564 novos casos (3,31%) e quatro vítimas mortais, e a Madeira, com mais 405 infetados (2,385) mas sem qualquer óbito a registar.
Os números absolutos de casos e mortes por região ficam assim:
Relativamente a casos confirmados por faixa etária, a fotografia do país é a seguinte:
Quanto a mortes confirmadas por covid-19 por faixa etária, uma doença que afeta mais a população mais velha, o retrato do país é o seguinte:
De acordo com DGS, foram contabilizados 1.371.108 casos de infeção em homens e 1.559.234 em mulheres, havendo 2.648 casos de sexo desconhecido, que se encontram sob investigação, uma vez que esta informação não é fornecida de forma automática.
Desde março de 2020 morreram 10.652 homens e 9.606 mulheres de covid-19.
PORTUGAL “JÁ PASSOU O PICO DA 5.ª VAGA” E “JUSTIFICA-SE UM ALÍVIO”
A partir desta segunda-feira, as restrições para conter a pandemia em Portugal começam a ser aliviadas. Numa altura em que a média de casos diários tem estabilizado entre os 40 e os 50 mil, desde as 00:00 de hoje que deixou de ser obrigatório teste negativo para entrar no país, bastando apresentar um certificado digital.
Também os testes rápidos de antigénio deixam de ter validade de 48 horas e passam a ser válidos por 24 horas.
Em declarações à SIC, a virologista Laura Brum defende, por isso, que este é o momento de avançar com o alívio das restrições. Além disso, Portugal “já passou o pico desta quinta vaga de casos de Ómicron”.
Esse facto, aliado ao número de pessoas vacinadas, assim como o de pessoas recuperadas da doença, “justifica começar a haver o alívio de algumas medidas”.
Quanto à diminuição do período de isolamento, a virologista considera que ainda vão existir “algumas semanas com números elevados antes de chegar a essas medidas”. No entanto, Laura Brum acredita que numa primeira fase serão abrangidos os “contactantes assintomáticos”.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL, com Lusa e SIC Notícias