André Peralta Santos, antigo diretor de serviços de Informação e Análise da DGS, usou a sua conta no Twitter para lançar alguns alertas sobre o desenvolvimento da situação pandémica em Portugal. Segundo o médico, Portugal está “a cometer os mesmos erros do Natal passado” ao adiar uma decisão sobre o reforço das medidas de combate à covid-19, no contexto da nova variante Ómicron.
E propõe que se adoptem já restrições “semelhantes” às tomadas pela Dinamarca: encerrar bares, discotecas, cinemas e restaurantes. “O risco que corremos é de um janeiro com níveis de doença na comunidade muito elevados e pressão elevada nos hospitais com degradação da qualidade e acesso a cuidados não-covid”.
André Peralta Santos socorre-se de um estudo no Reino Unido que contraria a tese segundo a qual a Ómicron geraria menos hospitalizações. “No ano passado decidimos aliviar restrições e pagámos caro essa decisão.”
Ao “Jornal Inevitável”, Filipe Froes, coordenador do gabinete de crise da Ordem dos Médicos, corroborou os avisos lançados por André Peralta Santos. “Precisamos de ganhar tempo. A variante Ómciron veio reavivar o conceito de incerteza e da oportunidade das medidas. Perante a incerteza, esperar por mais informação é perder a oportunidade de intervenção.” Froes pede que o uso de máscara seja feito “em todos os locais” e o reforço da testagem, apesar de desaconselhar o encerramento de estabelecimentos e um novo confinamento.
– Notícia do Expresso, jornal parceiro do POSTAL