A Direção-Geral da Saúde já anunciou a decisão sobre a vacinação contra a covid-19 das crianças dos 5 aos 11 anos: é recomendada a inoculação desta faixa etária, “com prioridade para as crianças com doenças consideradas de risco para covid-19 grave”, lê-se no comunicado divulgado esta terça-feira.
“Esta recomendação surge na sequência da posição da Comissão Técnica de Vacinação contra a covid-19, que considerou, com base nos dados disponíveis, que a avaliação risco-benefício, numa perspetiva individual e de saúde pública, é favorável à vacinação das crianças desta faixa etária”, justifica a DGS.
Covid-19: Agência Europeia de Medicamentos aprova vacina da Pfizer para crianças dos 5 aos 11 anos
As crianças destas faixas etárias vão receber a vacina da Pfizer/ BioNTech (Comirnaty) por ser a que recebeu até agora parecer positivo da Agência Europeia de Medicamentos. A dose pediátrica será mais reduzida: cerca de um terço da de um adulto.
A Direção-Geral da Saúde argumenta também que o número de novos casos de covid em crianças tem vindo a aumentar. E que “a doença nestas faixas etárias é geralmente ligeira, mas existem formas graves de covid-19 em crianças”. A DGS reconhece que o risco de hospitalização é maior em crianças com doenças de risco, embora muitos dos internamentos sejam de crianças sem essas doenças.
PORTUGAL VAI RECEBER 700 MIL VACINAS PEDIÁTRICAS
As primeiras 300 mil vacinas para crianças dos 5 aos 11 anos chegam a Portugal na próxima segunda-feira, dia 13 de dezembro, como anunciou o secretário de Estado Adjunto e da Saúde. Durante o mês de janeiro vão chegar mais 400 mil vacinas, “o que, para esta população, será suficiente”, disse António Lacerda Sales. No total, são 700 mil vacinas.
Esta segunda-feira, o ministro da Educação também assegurou que tudo estava preparado para vacinar os mais novos. “O que desejamos é que a vacinação ocorra rapidamente e em grande extensão. É isso que eu espero que aconteça e é isso que eu tenho sentido das direções das escolas, dos professores e de quem representa os pais e os encarregados de educação”, afirmou Tiago Brandão Rodrigues.
No comunicado enviado às redações, a DGS esclarece ainda que, na tomada de posição, foram considerados os contributos de um grupo de especialistas em pediatria e saúde infantil, bem como de membros consultivos da Comissão Técnica de Vacinação contra a covid-19.
A Direção-Geral da Saúde anunciou para sexta-feira uma conferência de imprensa na qual dará “esclarecimentos técnicos adicionais” e sobre o “calendário de vacinação e respetiva logística”.
– Notícia do Expresso, jornal parceiro do POSTAL
Madeira prevê começar a vacinar crianças no próximo dia 14
“As vacinas [destinadas a vacinar crianças] chegam a 13 de dezembro, uma semana antes do previsto”, disse Pedro Ramos em conferência de imprensa destinada a fazer o balanço da situação epidemiológica da covid-19 na Madeira.
O governante realçou que a região vai receber 25% total das vacinas adquiridas por Portugal, estando previsto chegar à região cerca de 17.500 doses até ao final do ano.
Estas doses “vão ser distribuídas por todos os concelhos”, começando a ser administradas “o mais rápido possível”, após a receção.
Perspetivou que, se o lote chegar como previsto a 13 de dezembro, a inoculação das crianças comece no dia seguinte, 14 de dezembro.
“Quero e é preciso vacinar as crianças”, declarou Pedro Ramos, argumentando que “os benefícios são superiores aos riscos”, e que estas “constituem, neste momento, um grupo vulnerável e, por isso, devem e vão ser vacinadas”.
Acrescentando que as primeiras a serem inoculadas serão as crianças com patologias associadas e, depois, as que tenham autorização dos pais ou responsáveis, o secretário anunciou que esta vacina “vai passar a fazer parte do Plano Regional de Vacinação”.
Este processo de vacinação vai abranger “14.715 crianças entre os cinco e os 11 anos”, enfatizou.
“Não temos casos de Ómicron (na Madeira]”, assegurou ainda o secretário madeirense.
Pedro Ramos apontou que o índice de transmissibilidade da região, entre 24 e 28 novembro, de acordo com o relatório do Instituto Nacional Ricardo Jorge, foi de 1.15.
O governante mencionou que estão sinalizadas “162 cadeias de transmissão ativas neste momento”.
A ilha do Porto Santo tem 16 casos ativos e 24 pessoas em vigilância, complementou.
Pedro Ramos considerou que os números de vacinação “começam a ser impressionantes, o que significa que está a ser monitorizada a pandemia e a realidade na Região Autónoma da Madeira”.
O responsável realçou que foram administradas mais 428 mil doses de vacinas, registando a Madeira “uma cobertura de 87% com uma dose, 84% com vacinação completa”.
Em termos de reforço da vacina, foram administradas “36.293 doses, o que corresponde a 15% da população residente e 48% dos profissionais de saúde”, apontou.
“A recusa da vacinação [6% das situações] na Madeira está a ser alterada”, opinou, reforçando que, após as medidas adotadas pelo Governo Regional a 18 de novembro, entre as quais a recomendação da apresentação cumulativa de teste negativo e vacinação para acesso a vários locais, foram inoculadas “mais 24.810 pessoas, sendo que 25% foram primeiras doses”.
Segundo Pedro Ramos, depois dessa data, “5.717 cidadãos vacinaram-se pela primeira vez na Madeira”.
No que diz respeito aos testes rápidos antigénio, a região efetuou 644 mil, além dos “727 mil PCR realizados até agora”, indicou.
Entre 19 novembro e 05 de dezembro, foram efetuados 251.923 testes antigénio, adiantou, destacando que o dia com maior número de testagem foi 03 de dezembro, com 30.200 pessoas testadas, as quais apresentaram “uma positividade de 0.4%”.
Também informou que “a operação no aeroporto continua a decorrer com normalidade, resultando também do aumento da capacidade de resposta das entidades envolvidas”.